HGG realiza transplante renal em paciente venezuelano de 60 anos, 3 deles no Brasil
A exemplo de José Angel, que está internado na Unidade de Transplantes, onde permanecerá até a alta hospitalar, migrantes residentes no Brasil têm direito à inclusão de seu nome na fila do SUS
O venezuelano José Angel Ortega, de 60 anos, é mais um paciente a realizar um transplante renal no Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG). No dia 18 de junho, ele recebeu a ligação da Central Estadual de Transplantes, informando que havia um rim compatível a sua espera. Acompanhado da filha, Luz Angel, José deu entrada na internação na unidade e, no mesmo dia, realizou o tão aguardado transplante de rim.
“Comecei a perder as funções dos rins quando vim para o Brasil, há três anos. Comecei o tratamento em Roraima, primeiro lugar que eu morei com a minha família quando saí da Venezuela, depois vim para Goiânia, já pensando na possibilidade do transplante”, disse.
José Angel Ortega veio para Goiânia com a mãe, as filhas e os netos. Depois de se recuperar da cirurgia e voltar para casa, ele espera poder retomar a rotina habitual. “As sessões de hemodiálise tiram muito tempo da gente e nos limita muito. Depois da cirurgia, eu espero reencontrar alguns familiares que ficaram na Venezuela”, afirmou. O paciente recebeu um rim de um doador falecido e a cirurgia foi considerada um sucesso pela equipe médica.
José Angel está internado na Unidade de Transplantes do HGG onde permanecerá até a alta hospitalar. Todo migrante residente no Brasil tem direito à inclusão de seu nome na fila do SUS (Sistema Único de Saúde) para transplantes de órgãos, tecidos, células ou parte do corpo humano – seja ele residente permanente ou temporário.
O Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, que é garantido a toda a população por meio do SUS, responsável pelo financiamento de cerca de 88% dos transplantes no país. Apesar do grande volume de procedimentos de transplantes realizados, a quantidade de pessoas em lista de espera para receber um órgão ainda é grande.
Para vencer a desproporção entre número de pacientes na lista e o número de transplantes realizados, é importante conscientizar a população sobre o processo de doação e transplante, fazendo com que estes últimos autorizem a doação, no caso da morte de entes queridos.
Alex Maia (texto e foto) / Idtech