Hospital Estadual de Jataí alerta sobre bronquiolite em crianças menores de 2 anos
Fisioterapeuta da unidade do Governo de Goiás em Jataí lembra que o período de sobrevida do vírus nas mãos é de aproximadamente uma hora. Em superfícies duras não porosas, é de 24 horas
Causada principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR), a bronquiolite se caracteriza pelo inchaço e acúmulo de muco nas passagens menores de ar nos pulmões (brônquios e bronquíolos), e afeta, geralmente, crianças menores de 2 anos de idade. Bastante comum em períodos de tempo seco e durante mudanças climáticas, a doença causa um alto número de internações hospitalares, mas a adesão de medidas simples pode contribuir para a redução no número de casos.
De acordo com o fisioterapeuta João Eduardo Viana, a transmissão da bronquiolite é basicamente causada pelo contato direto com secreções respiratórias de pessoas infectadas. “A secreção está presente nas vias aéreas e mãos. Ela pode entrar no corpo da criança e contaminá-la através da membrana da mucosa dos olhos, boca, nariz e, principalmente, pela inalação de gotículas derivadas da tosse ou do espirro. O período de sobrevida do VSR nas mãos é de uma hora, aproximadamente, e em superfícies duras não porosas, é de 24h”, alerta o especialista.
Ainda segundo Viana, para prevenir o contágio é preciso evitar contato com outras crianças com processo gripal, ter uma hidratação adequada, evitar contato com pessoas resfriadas e, principalmente, fazer uma boa higiene das mãos e das vias aéreas.
Os sintomas mais comuns da bronquiolite são: febre baixa, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e congestão nasal. Outros sintomas podem surgir nesse quadro, como febre alta, tosse, cianose (lábios e unhas com tom arroxeado ou azulado), taquicardia e dificuldade para respirar.
O profissional alerta que a criança com bronquiolite deve ser levada imediatamente ao pronto-socorro, caso fique extremamente cansada, apresente pele, unhas e lábios na cor azulada, comece a respirar rápido, tenha resfriado que piore de repente ou dificuldades para respirar.
“É importante evitar o uso indiscriminado de antibiótico, pois se trata de uma infecção viral. A fisioterapia é importante como medida de tratamento concomitante à medicamentosa. A prática tem como objetivo expandir o tórax, insuflar o pulmão e recrutar maior quantidade de alvéolos (células pulmonares) para promover uma melhor troca gasosa, além de auxiliar a limpeza do pulmão removendo a secreção”, disse Viana.
Mayara Ferreira (texto e foto)/Fundhac