Iniciativa constitui uma das prioridades da gestão estadual e visa assegurar a assistência célere aos casos agudos e evitar mortes. Secretaria da Saúde está debatendo a questão e definindo criação de Samu Regional com gestores municipais

O Governo de Goiás está estruturando a primeira rede de urgência e emergência no Estado com o objetivo de garantir o acesso imediato à assistência ao paciente com complicações agudas e evitar mortes. A informação foi feita pelo secretário de Estado da Saúde de Goiás, Rasível Santos, durante o seminário Redes de Urgências e Emergências do Estado de Goiás, promovido pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

O evento, transmitido virtualmente, contou com a participação da presidente do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde de Goiás (Cosems), Patrícia Palmeira de Brito Fleury, e do consultor do Conasems, Antonio Jorge de Souza Marques.

O planejamento e estruturação de uma rede integrada de urgência e emergência em Goiás constitui uma das prioridades da gestão do governador Ronaldo Caiado para a área da saúde. Rasível Santos assinalou que, para efetivar este objetivo, está debatendo com prefeitos e secretários municipais de Saúde a elaboração e instalação de um Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Regional. Essa nova configuração do Samu, conforme disse, será levada à aprovação da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) – grupo que reúne gestores do Estado e dos municípios goianos – e do Ministério da Saúde.

O Governo de Goiás também está incentivando e sensibilizando os gestores municipais a aderirem ao Consórcio Público responsável por fazer o gerenciamento do Samu Regional. O secretário informou que esse processo também prevê o fortalecimento da rede de atenção primária, capaz de prestar o atendimento eficaz aos casos crônicos, menos complexos, para que não haja sobrecarga nos serviços de urgência e emergência. “Estamos trabalhando para implantar a melhor Rede de Urgência e Emergência em Goiás. Há vontade política para que essa rede comece a funcionar em benefício da população.”

Regionalização da Saúde
Na palestra ministrada no seminário, Rasível Santos destacou que a regionalização da Saúde representa um dos pilares para o êxito da Rede de Urgências e Emergências. Ele apontou a necessidade do estabelecimento uma rede de cuidados para os pacientes com condições agudas e de outra para a assistência às pessoas com condições crônicas.

Os casos agudos devem ser atendidos em uma rede com adensamento tecnológico, composta por hospitais e unidades especializadas na realização de exames complexos. Já os casos crônicos, de pacientes com baixo risco, podem e devem ser assistidos na rede primária, com menos adensamento tecnológico e localizada próximo à residência do paciente.

O secretário também apontou a necessidade de padronização do atendimento, definição e obediência de protocolos, adoção de linhas-guias, transparência nas ações e uso de indicadores para avaliar a performance do serviço. “Com a implementação dessas medidas, teremos condições de sair do módulo fragmentado para o módulo em rede, assegurando uma assistência integral e efetiva á população do Estado”, pontuou.

Maria José Silva (texto)/Comunicação Setorial
Foto: Reprodução/Youtube