Ambiente que proporciona experiência imersiva e sensorial sobre a história do acidente radioativo com Césio 137, ocorrido em Goiânia, está aberto à visitação pública, das 8h às 19h, do dia 11 a 14 de abril, no Centro de Convenções. Durante o evento, foi lançada versão bilíngue do livro “A história do acidente radioativo em Goiânia”

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), abriu ao público a “Exposição Césio 137”, que proporciona uma experiência imersiva e sensorial sobre o acidente com Césio 137. A sala estará aberta ao público, das 8 horas às 19 horas, do dia 11 ao dia 14 de abril, no Centro de Convenções, na I Mostra de Saúde Digital, durante o XI Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde, e permite aos visitantes conhecer o acidente radiológico que ocorreu em Goiânia, há quase 37 anos. Em uma sala de 15 metros por 15 metros, com telas de led, são projetados vídeos que contam a história do maior acidente radiológico do mundo, por meio das imagens, sons e aroma.

“Fico feliz em participar desse momento em que podemos valorizar a vida de cada pessoa que participou dessa história que marcou o mundo, mudou protocolos e, apesar de todas as dificuldades que trouxe, pode contribuir para estabelecer novas condutas para a ciência”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Rasível dos Santos.

A diretora geral do Centro Estadual de Assistência aos Radioacidentados Leide das Neves – CARA, Glauciene Umbelina, destacou a importância de cada pessoa que foi diretamente afetada pelo acidente e a dedicação dos profissionais que contribuíram para a superação da situação. “Foi um momento difícil e inesperado da nossa história, mas as pessoas afetadas pelo acidente são hoje exemplos de superação, e os profissionais que contribuíram com seus esforços mostraram o verdadeiro valor humano”, considerou.

Livro bilíngue
Durante o evento, houve o lançamento da versão bilíngue Português—inglês do livro A história do acidente radioativo em Goiânia – 37 anos, escrito pela jornalista Patrícia Almeida. A edição foi atualizada, com a inserção de depoimentos de fotógrafos que atuaram na cobertura do acidente.

O livro foi uma iniciativa da Comunicação Setorial da SES-GO, em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), com tradução de Paulo Manes, da Faculdade de Letras. A chefe da Comunicação Setorial da SES, Iara Lourenço, destacou a importância da tradução para o inglês. “Trata-se de um evento que atraiu os olhos do mundo para o Brasil, e tivemos pedidos para que essa história fosse acessível para outros países”, destacou a jornalista que idealizou o projeto.

A jornalista Patrícia Almeida, que escreveu a obra, afirma que foi uma oportunidade para atualizar informações e contar a história dos profissionais de comunicação. “Foram eles que com sensibilidade e coragem registraram o acontecimento histórico que abalou Goiânia”, afirmou, acrescentando que também houve um cuidado e esforço para registrar os fatos de forma verídica e com sensibilidade para com as vítimas.

A obra teve entrevista com os fotojornalistas Marco Monteiro e Carlos Costa, que cobriram o acidente; e relatou a história dos fotojornalistas Hélio Nunes, representado pelo filho Guilherme Blanco, e de João Yosikazu Maeda, representado pela nora Lise Rodrigues Silveira Maeda – esposa de Ricardo Maeda, filho do profissional.

“Naquele momento não sabíamos do que se tratava o Césio 137. Mas tivemos que exercer nossa profissão com coragem para deixar um legado para as pessoas que hoje podem conhecer o acidente”, afirmou o fotojornalista Marco Monteiro, que cobriu o acidente, quando tinha 21 anos de idade.

Patrícia Almeida (texto) e Iron Braz (foto)/Comunicação Setorial