Governo de Goiás alerta para importância da vacina contra raiva

SES começa a liberar imunizantes de cães e gatos para municípios começarem vacinação já a partir de agosto. Doença pode contaminar humanos e adesão à campanha tem sido baixa nos últimos anos

Governo de Goiás destaca importância de tutores levarem seus pets para se vacinarem

No mês que antecede o período de vacinação contra a raiva – geralmente de agosto a outubro de cada ano –, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), alerta a população de todo o Estado para que fique atenta às datas definidas pelos municípios para o período de imunização de animais domésticos (cães e gatos). Os municípios são responsáveis também pela definição das estratégias a serem utilizadas nas campanhas, bem como os dias, horários e locais de vacinação.

A vacinação visa, sobretudo, prevenir a raiva humana. “Isso se dá por meio do controle da doença em cães e gatos, que são os principais transmissores da doença e os animais mais próximos das pessoas. A vacinação antirrábica ainda é a única forma de prevenir a raiva nesses animais”, explica o coordenador Estadual de Zoonoses da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa/SES-GO), Fabrício Augusto de Sousa, ao informar que a população de cães e gatos no Estado é estimada em 1,25 milhão.

“Precisamos manter Goiás sem casos de raiva humana”, diz o médico veterinário, preocupado com os baixos números das coberturas vacinais no Estado – embora com leves aumentos. Em 2020, esse número foi de 67,04%, passando para 68,04% no ano seguinte, 71,92% em 2022 e 74,1% no ano passado. A última notificação da doença em humanos, transmitida pela variante 2 (canina), ocorreu em 2001 – já o último registro de raiva canina foi em 2002. “Os últimos casos de raiva humana, canina ou felina, registrados em Goiás foram transmitidos pela variante dos morcegos”, recorda.

Além da campanha de vacinação, a Coordenação de Zoonoses da Gerência de Vigilância Epidemiológica de Doenças Transmissíveis atua rotineiramente no atendimento a indivíduos expostos ao risco da doença, com o monitoramento das notificações e a distribuição de imunobiológicos (vacinas e soros). Realiza ainda diagnóstico de animais suspeitos de terem raiva, com o objetivo de monitorar a circulação do vírus, o bloqueio de focos em casos de raiva animal, além de promover ações permanentes de educação e promoção à saúde.

Doença infecciosa viral aguda causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, a raiva apresenta letalidade próxima a 100%, e pode ser transmitida ao ser humano por meio de mordedura, lambedura ou arranhadura de animais contaminados. Cães e gatos, bovinos, equinos, suínos, macacos, morcegos e animais silvestres podem transmitir a doença. Os animais com suspeita da raiva apresentam sintomas como salivação espessa e excessiva, paralisia, falta de apetite, hidrofobia, fotofobia, dilatação das pupilas e alterações de comportamento, como agressividade, autoataque, cansaço e reclusão em locais escuros.

José Carlos Araújo/Aline Rodrigues (texto) e Iron Braz (foto)/Comunicação Setorial

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