Crer orienta pacientes, colaboradores e população sobre prevenção das doenças renais
Ação tem como objetivo disseminar informações para a população sobre as doenças renais, e a importância da equidade no acesso ao diagnóstico e tratamento da doença renal crônica
O Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer) realizou, na quarta e quinta-feira (13 e 14 de março), ações voltadas para orientações sobre os cuidados com os rins para usuários e colaboradores. Promovido pelo Serviço de Epidemiologia Hospitalar (Seepi) da unidade do Governo de Goiás, a ação reforça a campanha nacional da Sociedade Brasileira de Nefrologia – SBN que tem como tema este ano Saúde dos Rins e Exame de Creatinina para Todos: Por que Todos Têm o Direito ao Diagnóstico e Acesso ao Tratamento.”
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, cerca de 50 mil pessoas por ano com doença renal morrem precocemente no Brasil antes de ter acesso à diálise ou ao transplante. O diretor técnico assistencial do Crer e vice-presidente do Centro-Oeste da SBN, Ciro Bruno Silveira Costa, explica que o objetivo da campanha é disseminar informações sobre as doenças renais, com foco na prevenção, diagnóstico precoce.
A campanha visa ainda, de acordo com o médico, aumentar a conscientização sobre a importância de garantir a equidade do acesso ao tratamento apropriado para as pessoas que vivem com doença renal, para melhorar a qualidade de vida e retardar a progressão da doença. “A doença renal crônica (DRC) pode ser prevenida e quando diagnosticada de forma precoce, pode ser controlada. Por isso, é de extrema importância ir regularmente ao médico, realizar exames de rotina e cuidar do funcionamento dos rins”, alerta Ciro.
Para a nefrologista e coordenadora médica da internação do Crer, Rhaisa Ghannam Macedo, o Dia Mundial do Rim sempre trás uma campanha diferente e inovadora, e tem sido trabalhada com a equipe da unidade a importância de reforçar com a população o direito ao diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento adequado.
“Trabalho diariamente com hemodiálise, recebo os pacientes no mais extremo de gravidade da doença e percebo que ainda há um subdiagnóstico expressivo de DRC. Hoje foi incrível ver o interesse dos pacientes em ouvir nossa orientação sobre quando suspeitar e o que fazer para chegar até o nefrologista. Ao final, tivemos vários pacientes fazendo perguntas, e a maioria relaciona-se ao fato da doença renal crônica ser oligossintomática em seus estágios iniciais dificultando tanto o diagnóstico quanto a compreensão por parte dos pacientes”, afirma Rhaisa.
Juliana Saran (texto e foto)/Agir