A educação interprofissional em saúde foi o tema destacado durante aula inaugural da terceira turma do curso de especialização em Saúde Pública. O evento foi realizado na manhã desta quinta-feira, 9, no auditório da Escola de Saúde Pública Cândido Santiago (Esap-GO), e contou ainda com o lançamento do livro Nova formação em Saúde Pública, da RedEscola, em parceria com dez instituições de ensino em saúde, entre elas a própria Esap.

Participaram do lançamento da obra: a organizadora do livro, Rosa Souza, analista de Gestão em Saúde da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP-Fiocruz), vice-diretora da Escola de Governo em Saúde e Coordenadora da Secretaria Executiva da Rede de Escolas e Centros Formadores em Saúde Pública; e as autoras, Rafaela Veronezi, fisioterapeuta e doutora em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas; e a enfermeira Kelli Coelho dos Santos, mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Goiás e coordenadora de pós-graduação da Esap.

As duas servidoras, que atuam na Superintendência de Educação em Saúde e Trabalho para o SUS (Sest-SUS), relatam no capítulo 6 a experiência que tiveram durante a criação, implementação e execução do curso de especialização em saúde pública oferecido e certificado pela Esap-GO de acordo com o formato proposto pela RedEscola da ENSP-Fiocruz.

“A experiência de participar da produção dessa obra trouxe a oportunidade de refletir sobre a coerência entre objetivos propostos e os resultados alcançados com essa ação educativa”, conta Veronezi. Ela ressalta ainda que esta reflexão garante o aprimoramento dos processos de trabalho da escola, que tem como missão oferecer educação permanente e continuada de qualidade, impactando no serviço prestado pelo Sistema Único de Saúde em Goiás.

A analista de gestão em saúde da ENSP-Fiocruz, Rosa Souza, conta que a meta proposta pelo Ministério da Saúde era formar 600 sanitaristas por meio desta especialização. “Nós superamos a meta e entregamos 610 especialistas em Saúde Pública”. Para ela os ganhos secundários foram maiores do que superar a meta proposta pelo ministério. “Por meio desse projeto tivemos uma experiência singular, pois os avanços do ponto de vista qualitativo são extraordinários e promovem a melhoria na qualidade de atendimento ao usuário de saúde pública”.

Aposta na interprofissionalidade

A terceira turma de discentes iniciada nesta quinta-feira é composta por 42 servidores públicos na área da saúde graduados em diversas áreas acadêmicas. “É importante ter em nosso grupo essa diversidade de profissões. Isso só qualifica nossa discussão e o nosso curso”, explica a representante da ENSP-Fiocruz.

A especialização tem como matriz curricular quatro eixos temáticos: produção de conhecimento, atenção à saúde, vigilância em saúde e gestão da saúde. A concepção pedagógica se sustenta em metodologias ativas de ensino aprendizagem. Um dos focos do curso é desenvolver um olhar abrangente sobre a situação de saúde loco-regional, implicados com as realidades político-sociais e comprometidos com a transformação da realidade de saúde.

Gabriela Dutra (texto) e Karim Alexandre (fotos), da Comunicação Setorial