Ações do Poder Público
O Programa Nacional de Combate a Dengue pode ser definido por duas estratégias distintas de enfrentamento do vetor Aedes aegypti: Rotina e Contingência. A rotina do programa é baseada na inspeção bimestral de todos os domicílios pelo órgão municipal de saúde através dos Agentes Comunitários de Saúde – ACS e/ou Agentes de Combate às Endemias – ACE. Estes procedimentos têm caráter preventivo-educativo, tendo como premissa o controle da fase larvária do vetor através da eliminação e/ou destruição de criadouros. O PNCD também preconiza ações diferenciadas de rotina para outros tipos de imóveis como cemitérios, borracharias, garagens de prefeitura, depósitos de reciclagens, ferros velhos, etc. Por estes serem locais vulneráveis a proliferação do inseto vetor, são considerados Pontos Estratégicos (P.E) e visitados mensalmente pelos agentes de saúde.
A contingência deve ser realizada pelos mesmos agentes citados, porém, quando há circulação do vírus e envolve o controle da fase alada/adulta do vetor através de aplicação de agrotóxicos de uso em saúde pública. A etapa de contingenciamento depende do conhecimento prévio e oportuno, por parte do setor de endemias municipal, do caso suspeito de dengue. Para isso as áreas de Vigilância em Saúde, Atenção Primária e Educação em Saúde devem articularem-se para que as notificações dos casos de dengue, mesmo ainda não confirmados, recebam o mais rápido possível medidas de tratamento no ambiente. De posse dessa informação, há desencadeamento de ações coordenadas a partir do local provável de circulação viral indicado na ficha de notificação visando eliminação da fêmea transmissora, ação também denominada bloqueio da transmissão. As ações de bloqueio são realizadas num raio de 150m do caso suspeito e envolvem eliminação e/ou tratamento em massa de criadouros (Bloqueio focal) e posteriormente a nebulização espacial com agrotóxicos.
– Nota Técnica n. 003/2013 SES-GO – Instruções para a realização de bloqueio focal como atividade preliminar à pulverização em Ultra Baixo Volume no controle do vetor Aedes aegypti.