Saúde do trabalhador é tema de palestra na Sest/SUS

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Aconteceu hoje às 9h00 e às 14h00, na Biblioteca da Superintendência de Educação em Saúde e Trabalho para o SUS, SEST-SUS, uma palestra sobre a Saúde do Trabalhador. O evento foi organizado pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Em forma de bate papo com os servidores da SEST-SUS, dois temas distintos foram abordados: a importância de um ambiente equilibrado para a saúde do trabalhador e assédio moral no trabalho.

A palestrante Cynthia de Oliveira Gonçalves Pereira, que é enfermeira do trabalho e servidora pública efetiva há mais de 20 anos, conta que os temas foram escolhidos pelos próprios servidores da SEST-SUS. “Para saber as necessidades específicas dos trabalhadores daqui eu fiz uma pesquisa in loco em busca dos assuntos que deveriam ser abordados”, explica ela.

ERGONOMIA

Além de explicar sobre os tipos de acidentes de trabalho, Cynthia falou sobre a ergonomia, que são as condições ideais do ambiente de trabalho para haver um equilíbrio no desempenho das atividades profissionais. “Iluminação, espaço físico e cadeiras adequados podem evitar várias doenças do trabalho, como lesão por esforço repetitivo (LER) e doenças osteoarticulares relacionadas ao trabalho (DORT), por exemplo.”

ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO

O tema “assédio moral” foi o ponto alto da palestra. Após mostrar a legislação pertinente ao assunto, a enfermeira do trabalho deu orientações sobre o que fazer diante do problema. Anotar tudo o que acontece, procurando ao máximo coletar e guardar provas do assédio; procurar conversar com o agressor sempre na presença de testemunhas de confiança e buscar ajuda dentro do próprio local de trabalho: seja o departamento de Recursos Humanos, CIPA, CEREST ou MP. “Temos que ter um ambiente equilibrado, pois é um conjunto de ações que determinam a saúde do trabalhador”, ressaltou a palestrante no final de sua palestra.

RELATO

Ao se deparar com o tema uma servidora da SEST-SUS (que preferiu não ser identificada) fez um relato emocionante sobre uma experiência vivida por ela quando trabalhou em uma instituição privada no ano de 2008. “Nesta época eu era uma professora apaixonada pelo que fazia. Por ser muito organizada e dedicada ao trabalho, começaram a me dar serviço em excesso”, contou ela.

A desmotivação para trabalhar veio logo em seguida. “O desgaste foi tão grande que meu cabelo começou a cair e quando se aproximava do horário de trabalho até ânsia de vômito eu tinha. Tive psoríase nervosa e ao final fui diagnosticada com síndrome de burnout e fiquei afastada do trabalho por 30 dias”, relatou. “Ninguém precisa passar pelo que passei de nenhuma forma. É muito sofrimento”, finalizou.

Governo na palma da mão

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