Aula especial para residentes lembra Dia Nacional de Atenção à Disfagia
No Dia Nacional de Atenção à Disfagia, 20 de março, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) realiza uma aula especial sobre o tema para os novos fonoaudiólogos dos programas de residência multiprofissional dos Hospitais Estaduais de Urgências de Goiânia (Hugo), Geral de Goiânia Dr. Alberto Rassi (HGG) e do Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer). Os profissionais iniciaram a residência no início deste mês. Organizada pelos tutores das especializações para a categoria nessas unidades, a aula acontece na Escola de Saúde Pública Cândido Santiago, da Superintendência de Educação em Saúde e trabalho para o SUS (Sest-SUS).
A disfagia é a dificuldade de engolir alimentos, líquidos ou saliva em qualquer etapa do trajeto da boca ao estômago. Essa alteração é um sintoma que afeta ou aumenta o risco de comprometimento do estado nutricional e hídrico, saúde geral e impacto negativo de qualidade de vida. Para se ter uma ideia, cerca de 25% dos idosos internados no Hugo têm disfagia. Adultos com doenças neurológicas, traumatismos crânioencefálicos, alterações mecânicas (por exemplo, câncer de cabeça e pescoço) estão suscetíveis às alterações de deglutição. Bebês prematuros e crianças com má-formação do sistema digestivo, fissura labiopalatina, síndromes (como a de Down) e doenças neurológicas também correm o risco de desenvolver esse problema.
Hugo, HGG e Crer são as unidades da rede pública estadual que preparam os residentes da categoria de fonoaudiologia para identificar e tratar alterações fonoaudiológicas. “Nosso programa de residência prepara esses profissionais para atender de forma eficaz os pacientes do SUS em qualquer lugar do Brasil que ele esteja. Eles recebem todo o conhecimento para identificar e tratar alterações de deglutição, como a disfagia”, explica a fonoaudióloga Lucila Stopa, tutora do Programa de Residência Multiprofissional de Urgência e Trauma do Hugo.
O tratamento da disfagia é multidisciplinar e envolve médicos fonoaudiólogos, nutricionistas, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais. Cada profissional tem sua função no tratamento. A disfagia e suas complicações podem ocasionar aumento do risco de pneumonia aspirativa e debilidade de saúde geral, causado pela desnutrição e desidratação; aumento do tempo de internação, o que representa maior risco de infecções, maiores custos com os cuidados e serviços hospitalares e mortalidade, bem como impacto negativo na qualidade de vida, com perda do interesse e do prazer em alimentar.
Gabriela Dutra (texto) e Karim Alexandre (fotos), da Comunicação Setorial