Saúde em Goiás investe em projeto para reduzir a Mortalidade Materno Infantil
Projeto Rede Nascer em Goiás conta com parcerias do Cosems, MS, representantes do Instituto Fernandes Figueira/Fiocruz para ampliação da linha de cuidado Materno Infantil
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) planeja ampliar o acesso aos serviços de saúde para gestantes e crianças, com uma nova metodologia de monitoramento e atendimento, como o Projeto Rede Nascer em Goiás, inspirado no Mãe de Minas e que está sendo desenvolvido em colaboração com gestores da SES-GO, diretores do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Goiás (Cosems/GO), Superintendência Estadual do Ministério da Saúde em Goiás, gerentes e técnicos.
As discussões sobre o atual cenário do Estado em relação ao número de mortes maternas, fetais e infantis; a hierarquização da atenção ao pré-natal e a estratificação do risco gestacional deram início à elaboração de como o projeto será implementado em Goiás.
Segundo o secretário adjunto da SES, Sérgio Vencio, o projeto surge num momento crucial em que todos os envolvidos na área da saúde em Goiás estão comprometidos em reduzir a mortalidade materna e infantil. Ele destaca: “Além disso, é toda uma estrutura que vai além da saúde, é o bem-estar, o cuidado com os vulneráveis. Vamos construir uma rede com uma linha de cuidado que chega num momento oportuno porque estamos maduros para implementar esse projeto”.
De acordo com a proposta apresentada pelo consultor do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Goiás (Cosems/GO), Antônio Jorge, o projeto visa realizar um monitoramento mais abrangente das consultas pré-natais e do período puerperal, esclarecer dúvidas das gestantes e suas famílias, e orientar na resolução de problemas relacionados à assistência.
Seguindo o modelo Mães de Minas, o Call Center será uma ferramenta importante nesse processo. Antônio Jorge acrescenta: “Vamos utilizar a plataforma para cadastrar as gestantes que nos fornecerão informações sobre elas. Nós as informaremos sobre o que é necessário em todas as consultas, identificaremos os riscos gestacionais e daremos informações durante toda a gestação até a unidade onde ocorrerá o parto. É um acompanhamento essencial para evitar problemas. Grande parte dos óbitos é evitável”.
Números
Informações preliminares do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) indicam que em 2023 houve 48 mortes maternas na faixa etária de 15 a 49 anos em Goiás. Até a primeira quinzena de junho de 2024, foram registradas 18 mortes de mulheres grávidas. No ano passado, foram registrados 91.804 nascidos vivos em Goiás, com uma taxa de óbitos infantis (fetais, neonatais precoces, neonatais tardios e pós-neonatais até 1 ano) de 11,6 por mil nascidos vivos. Este ano, até junho, essa taxa é de 11,79 por mil nascidos vivos e houve 36.377 nascidos vivos no Estado.
Ainda serão realizados encontros em cada uma das cinco Macrorregiões de Saúde para discutir as propostas apresentadas no Seminário. As equipes foram capacitadas para orientar cada grupo e finalizar o documento para execução do projeto no Estado.
Yara Galvão (foto) e Iron Braz (foto)/Comunicação Setorial