Governo de Goiás reforça ações de prevenção às infecções sexualmente transmissíveis

Saúde estadual intensifica atividades em Goiânia e no interior neste mês de  carnaval, com distribuição de preservativos e testagens de doenças como HIV/aids, sífilis e hepatites

No mês do carnaval, Secretaria de Estado da Saúde intensifica atividades de conscientização e prevenção às infecções sexualmente transmissíveis

O Governo de Goiás reforça, neste mês de festas carnavalescas, as ações que ocorrem durante todo o ano para chamar a atenção da população sobre os riscos das infecções sexualmente transmissíveis. Em Goiânia, equipes da Secretaria de Estado da Saúde (SES) estarão em locais de grande concentração de pessoas para distribuir preservativos, gel lubrificante, autotestes de HIV e realizar testagens de sífilis e hepatite. Para os municípios e demais instituições do Estado, foram enviados insumos de prevenção e autotestes.

Na capital, os trabalhos vão se concentrar nos terminais da Praça A (dia 05/02), Praça da Bíblia (08/02), Cepal do Setor Sul (10/02) e Praça Tamandaré (13/02), com a distribuição de preservativos, gel lubrificante e autotestes de HIV. No dia 06/02, no Terminal Padre Pelágio, a ação vai envolver testagens de HIV, sífilis, hepatite B e C, além da entrega de preservativos e autotestes de HIV. 

Em 2023, a SES distribuiu 7.892.724 preservativos masculinos e 290.250 femininos a todos os municípios. “Estas ações também visam informar sobre as Profilaxias Pré-Exposição (Prep) e Pós-Exposição (PEP), conscientizando a população sobre o diagnóstico precoce, tratamento adequado e combate ao preconceito”, explica a coordenadora de Assistência às ISTs/Aids e Hepatites Virais da SES-GO, Polyanna Ribeiro Guerreiro. 

A Prep é um método de prevenção à infecção pelo HIV e ocorre na tomada diária de um comprimido que permite ao organismo enfrentar possível contato com o HIV, ou seja, o indivíduo se prepara antes de ter uma relação sexual de risco. Já a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) à infecção pelo HIV, ISTs e hepatites virais consiste no uso de medicamentos antirretrovirais por pessoas que tiveram exposição a riscos como violência sexual, relação sexual desprotegida (sem o uso de camisinha ou com rompimento da camisinha) e acidente ocupacional (com instrumentos perfurocortantes ou em contato direto com material biológico).

Para ter eficácia, a PEP deve ser iniciada logo após a exposição de risco – de preferência nas primeiras 2 horas e em até 72 horas – e deve ser tomada por 28 dias. Por ser um medicamento emergencial, geralmente está disponível em unidades de saúde 24 horas, como Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) ou Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). “Tanto a PEP como a Prep não substituem o uso do preservativo nas relações sexuais, uma vez que não previnem contra todas as ISTs existentes”, enfatiza Polyanna Ribeiro.

Casos
Dados da SES mostram que, entre janeiro de 2022 e dezembro de 2023, foram registrados 3.511 casos de HIV, dos quais 246 entre gestantes, e 1.153 casos de Aids, 6 deles em crianças. No mesmo período, foram 18.243 casos de sífilis – 5.699 eram gestantes – e 1.244 casos de sífilis congênita, quando a doença é transmitida da gestante para o bebê. Em relação às hepatites, foram 730 casos do tipo B, com 380 casos entre homens e 350 entre mulheres. Os casos de hepatite C somaram 813 casos, sendo 507 do sexo masculino e 306 do feminino.

Fotos: Iron Braz
Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

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