É nesse sentido que se faz importante a conscientização dos trabalhadores

O trabalho e a ética

Por Jade Vieira

    A discussão em torno da ética permeia vários campos da sociedade. A palavra, em sua origem grega, se refere ao modo de ser, conduta ou caráter de uma pessoa. De forma mais simples e coloquial é como um código de contendo formas de se proceder socialmente que se refere ao que é certou ou errado, justo ou injusto, bom ou mau. No entanto, esses conceitos tendem a mudar de pessoa para pessoa.

    Apesar da concepção de ética ser discutida desde os pré-socráticos na Grécia Antiga, o conceito ética só foi sistematizado por Aristóteles, no que pode ser chamado de “tratado ético” – é válido acrescentar que Sócrates foi mestre de Platão, que, por sua vez, foi mestre de Aristóteles. Em uma de suas obras o autor indica “Verbalmente, quase todos estão de acordo, pois tanto o vulgo como os homens de cultura superior dizem ser esse fim a felicidade e identificam o bem viver e o bem agir como o ser feliz”.

    Mesmo que a discussão sobre a conceituação de ética movimente a área teórica desde a antiguidade, ela está mais presente no cotidiano das empresas do que se imagina. Seja de maneira mais sutil, a partir da conduta e relações interpessoais no ambiente de trabalho, ou de uma forma mais explícita, sintetizado no Código de Ética da empresa. Na Ceasa Goiás, por exemplo, tais conceitos estão contidos no Código de Ética e de Conduta Profissional do Servidor da Administração Pública Estadual, que norteia todo o segmento público na esfera do Governo de Goiás.

    Manter uma gestão de forma ética é o caminho para a empresa ganhar reconhecimento já que, dentro dessa premissa, acaba por gerar um ambiente mais preocupado com o trabalhador e a sociedade, por consequência a empresa se torna mais ética, social e ambientalmente responsável. Uma empresa gerida dentro dos preceitos éticos influencia positivamente também seus colaboradores, com isso, muda-se a conduta individual, com esse trabalhador cada vez menos expondo sua carreira a situações de risco.

    Ainda que seja a empresa a primeira reconhecida por uma gestão ética, apontada, muitas vezes, como um ente preocupado com as questões sociais, tal reputação só é construída devido à postura de seus servidores, os reais responsáveis por gerir e manter o negócio. Maria Cristina Gonçalves diz em seu livro, Ética no ambiente de trabalho, que “as empresas apenas espelham o caráter das pessoas que desempenham suas atividades em nome dela”. E ela não erra!

    Embora essa reputação de conduta ética pareça vir de grandes atitudes e escolhas, ela tem a semente primordial plantada em momentos rotineiros, do dia-a-dia. É nesse sentido que se faz importante a conscientização dos trabalhadores em relação a como agir em determinadas situações, desde algo simples, como respeitar a fila do almoço, até o questionamento de decisões tomadas pelos superiores da empresa.

    São enquadradas como antiéticas ações de apossar-se de materiais de uso coletivo no trabalho sem o consentimento de superiores e responsáveis, depredar patrimônio móvel ou imóvel públicos, entre outros. No cotidiano, as pessoas acabam influenciando umas as outras, por essa razão cada um deve buscar sempre ter posturas éticas e que possam ser espelhadas da melhor maneira dentro de um ambiente profissional.

 

As informações desse artigo foram tiradas das seguintes obras: Ética no ambiente de trabalho, de Márcia Cristina Gonçalves de Souza. Para Uma História Da Relação Ética-Política, de Daniel Pansarelli.

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