Who are you?
Uma série que marcou gerações nos Estados Unidos e alcançou cerca de 200 países em meados de 2000. No Brasil, todo adolescente daquela época tinha na ponta da língua o significado e a pronúncia correta de CSI, sigla para Crime Scene Investigation.
Em Nova Xavantina, município mato-grossense com pouco mais de 20 mil habitantes, uma menina de 12 anos também não tirava os olhos da TV toda vez que ouvia o prenúncio do drama policial que se desenrolava em Las Vegas – a canção Who Are You?.
Então, vamos lá… We’re talking now about Brenda Carvalho, ou no nosso bom português, estamos falando agora da Brenda Carvalho, nossa última minibiografada que marca a série de reportagens produzida pela Secretaria Estadual de Comunicação (Secom) em homenagem às Forças de Segurança de Goiás.
Pelo nosso site já passaram histórias como as do agente O., policial Julyana Silva, sargento Alessandro, entre outros (abaixo, confira o link de todas as reportagens). Nesse último episódio, a representante é uma perita criminal, tal qual Catherine Willows, uma das protagonistas de CSI.
“É uma personagem forte, que, acredito, define bem a mulher da nossa geração. Equilibra várias funções ao mesmo tempo, é mãe, trabalha com conhecimento técnico e científico, tem um perfil de líder e gestora também”, descreve Brenda, sem esconder que o papel interpretado pela atriz Marg Helgenberger a inspirou na escolha da profissão, principalmente porque sempre gostou da área de Ciências.
Agora, se você é um leitor um pouco mais atento, perceberá que há vestígios incongruentes entre o primeiro e segundo parágrafos deste texto. “Nova Xavantina” e “Forças de Segurança de Goiás”. Algo está, literalmente, fora do lugar. Mas aqui ninguém precisa ser um Gilbert Grissom para desvendar o “equívoco”. A elucidação é bem simples.
Brenda Carvalho, hoje com 32 anos, nasceu em Mato Grosso, mas vive em Goiânia desde 2005. Veio para estudar e prestar vestibular para Química na Universidade Federal de Goiás (UFG). Primeiro objetivo concluído, já pensava no próximo caso, ops, missão: prestar concurso para entrar na Polícia Técnico-Científica do Estado.
O êxito demorou um pouco a chegar. Inicialmente, a jovem passou no certame para a Secretaria de Saúde e, lá, ficou por seis anos, a partir de 2010. Em maio de 2016, veio a tão sonhada nomeação para o cargo pretendido, depois de ter sido aprovada no concurso da Polícia Civil de Goiás.
Brenda começou a atuação em atividades externas, integrando o Grupo de Homicídios da Capital. Depois, teve a vivência no Laboratório de Química. Atualmente, está no Rio de Janeiro, onde faz um curso para se aperfeiçoar na área de gestão.
Com quase quatro anos completos na polícia goiana, ela destaca o quanto o serviço é árduo e detalhista. Um caso a marcou muito, por ser tratar de um feminicídio em que o agressor tentou simular que a vítima havia tirado a própria vida.
“Com a análise dos vestígios e levantamento do histórico daquele casal, percebi que todos os elementos técnicos convergiam para homicídio e não suicídio, o que foi, inclusive, corroborado pelo médico legista”, relembra. “Ocorrências com mulheres acabam sendo mais marcantes para nós, investigadoras”, ressalta Brenda, opinião semelhante à da delegada Sabrina Lélis.
Apesar de pouco tempo no cargo – quatro anos –, ela diz que percebe mudança de tratamento e reconhecimento da atual gestão com os profissionais da Segurança Pública. “Tenho orgulho da nossa instituição e do trabalho indispensável que realizamos para que a justiça seja feita de forma científica”, concluiu.
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