Volta das chuvas gera alerta contra o Aedes aegypti
Desde meados de junho deste ano, a seca foi uma característica marcante nos dias goianos. Com a chegada da primavera também veio a chuva, que para muitos é sinônimo de frescor. Porém, a combinação entre o período chuvoso e as altas temperaturas registradas em Goiás se torna perfeita para a proliferação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.
E com a iminência do aumento do número de casos entre outubro e maio, conforme os registros dos anos anteriores, a Secretaria do Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) alerta a população para que intensifique os cuidados em suas residências e locais de trabalho, eliminando os possíveis focos Marcello Rosa, coordenador de Vigilância e Controle Ambiental de Vetores da SES-GO, orienta que as pessoas devem manter uma vigilância no mínimo semanal em seus imóveis para identificar e eliminar possíveis locais que possam acumular água.
“Além dessa vigilância no dia a dia, é interessante associar com comportamentos adequados de descartar o lixo para o recolhimento por parte das prefeituras; manter caixas d’água, cisternas e fossas vedadas para evitar a entrada de insetos; lavar bebedouros de animais com água, sabão e escova; colocar areia em aparadores de vasos de plantas; manter ralos e vasos sanitários fechados; calhas e grelas sempre limpas; piscinas com tratamento adequado e, quando em desuso, vedadas ou vazias”, aconselha Rosa.
Ele explica que o mosquito Aedes se prolifera em qualquer época, desde que tenha água parada para colocar seus ovos e pessoas próximas para se alimentar de sangue. Porém, o que ocorre no período chuvoso é um aumento radical da infestação devido o lixo descartado inadequadamente em lotes baldios, praças, logradouros ou até mesmo nos quintais. Com as chuvas, esses recipientes acumulam água, logo em seguida os ovos eclodem, o que proporciona o desenvolvimento das larvas, que em menos de 10 dias se tornam mosquitos adultos.
Segundo Rosa, os cuidados básicos para evitar a proliferação do mosquito é descartar o lixo para a coleta adequada pelas prefeituras, evitando que a água se acumule em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, garrafas. Rosa lembra ainda que é preciso colocar areia nos vasinhos de plantas, vedar caixas d’água, tambores, latões, cisternas e desentupir calhas e grelhas para evitar que a água, tão benéfica e essencial à vida, se acumule e possa se tornar foco desse perigoso mosquito.
Números da dengue
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) notificou neste ano 137.790 casos de dengue em todo o território goiano. No mesmo período do ano passado foram registrados 92.691 casos. No Estado já foram confirmadas 58 mortes pela doença e 68 seguem sendo investigadas.
De acordo com o Boletim Semanal de Dengue divulgado na última quinta-feira, 10 de outubro, as cidades de Goiânia (30.231), Aparecida de Goiânia (15.109) e Anápolis (12.882) concentram os maiores números de casos da doença. Os maiores coeficientes de incidência de dengue (número de casos por 100 mil habitantes), contudo, são verificados nos municípios de Turvânia, Campestre de Goiás, Caiapônia, Porteirão e Aparecida de Goiânia. Os dados correspondem à Semana Epidemiológica número 40, cujos dados foram apurados até o último dia 5 de setembro.
Foto: UNMIT/Martine Perret
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Comunicação Setorial da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás