UEG e Goiás de Resultados incentivam a inovação e o empreendedorismo

Parceria entre a universidade e o programa busca apoiar a comunidade e é uma das metas do Governo de Goiás

Para fortalecer e regionalizar a inovação e o empreendedorismo em Goiás, a Universidade Estadual de Goiás desenvolveu o Programa de Incubadoras (Proin.UEG). A iniciativa é um dos produtos do Programa Goiás de Resultados que integra a diretriz Goiás do Desenvolvimento Econômico. A parceria com a instituição de ensino busca fomentar a cultura empreendedora no estado.

O Proin é uma incubadora de empresas de base tecnológica que incentiva a criação e o desenvolvimento de pequenas e microempresas industriais ou de prestação de serviços de base tecnológica ou de manufaturas leves, com infraestrutura básica e qualificação técnica e gerencial do empreendedor. Possui caráter complementar, para viabilizar o acesso à inovação tecnológica e a inserção competitiva no mercado, por meio de suporte operacional, estratégico e tecnológico. 

A UEG possui um Centro de Empreendedorismo, Tecnologia e Inovação (Inova Centro) que abarcou todas as iniciativas da Universidade nas áreas da inovação tecnológica e do empreendedorismo. Este ano foi aberto um processo seletivo onde ingressaram três novos projetos na incubadora, tendo ao todo nove empresas incubadas. Além disso, o Proin está participando da organização de alguns eventos online em parceria com a Federação das Indústrias de Goiás (FIEG), a Rede Goiana de Inovação (RGI) e a Aliança pela Inovação do Estado de Goiás. A incubadora também participa de um programa de empreendedorismo feminino em parceria com o Sebrae e de capacitações, por meio de lives, além da oferta mensal de consultoria e assessoria para os empreendimentos incubados.

Para o coordenador geral do Programa de Incubadoras da UEG, Ewerton Costa, o Proin é importante para gerar oportunidades para surgimento de novas ideias e para auxiliar empreendedores a terem êxito em suas jornadas. “Grande parte do público que procura a incubadora tem perfil mais técnico, como farmacêuticos, químicos, engenheiros, desenvolvedores, que entendem de desenvolvimento de produto nas suas áreas, mas entendem muito pouco de negócio e, sem o apoio da incubadora, seria muito difícil colocar esse produto no mercado e ainda ganhar dinheiro com ele”, salienta Ewerton. 

O coordenador destaca como outro apoio relevante a captação de recursos para o desenvolvimento da ideia. “Quando falamos em inovação, ainda é caro o processo de criação, validação, testes com os clientes e introdução mercadológica. Sem apoio de instituições de fomento para custear parte desse desenvolvimento, o tempo de entrega da solução seria muito maior, assim, com o apoio da incubadora, o empreendedor tem acesso a esses recursos e consegue comercializar a solução”, explica. 

O reitor interino da UEG, professor Valter Gomes Campos, destaca a relevância do Programa de Incubadoras para o desenvolvimento de produtos e patentes que contribuem significativamente para o avanço socioeconômico de Goiás. “Essa é uma ação que tem rendido bons frutos para nosso Estado. Trata-se de um aspecto importante em de uma parceria entre setor privado, setor público e academia. Acreditamos que, com ações como esta, poderemos fortalecer cada vez mais nossa economia”, afirma. Ele ainda chama a atenção para o Goiás de Resultados, responsável por oferecer produtos como este ao cidadão goiano.

Seleção

O vice-governador Lincoln Tejota, que é coordenador do Goiás de Resultados, destaca que a iniciativa está disponível para toda a sociedade, não apenas para a comunidade acadêmica, basta que os interessados se inscrevam em um processo seletivo. “A UEG é uma instituição pública e, por isso, queremos disponibilizar sua estrutura e a expertise de quem trabalha na Universidade para os cidadãos, gerando benefícios, renda e desenvolvimento para a economia local”, ressalta. 

Entre as etapas do processo seletivo, está a apresentação do projeto para uma banca de especialistas. Se o empreendimento for selecionado, será assinado um contrato de utilização do sistema compartilhado de incubação, dando início às atividades. Inicialmente, de pré-incubação, para iniciativas ainda em fase de ideia ou desenvolvimento. Depois, dependendo da maturidade do projeto, seguem para incubação residente (com sede no Proin.UEG) ou incubação não-residente (instaladas em sede própria). Havendo êxito, acontece a graduação e o empreendimento passa a ser pós-incubado. 

O período de duração das etapas varia de acordo com a necessidade de cada empreendimento, podendo haver prorrogação de até dois anos se houver necessidade de desenvolvimento de produtos, processos ou serviços tecnológicos. As empresas que concluíram seu período de incubação ainda poderão manter o vínculo com a incubadora, continuando a receber o acompanhamento e apoios específicos, de acordo com seus desenvolvimentos, na modalidade pós incubação.

Outra modalidade existente no Proin.UEG é a Associação. Nela, qualquer empresa externa, a qualquer momento, ou empreendimento graduado há no mínimo dois anos, poderá ter vínculo com o Proin para apoio institucional, empresarial e tecnológico e poderá se beneficiar de parcerias e serviços específicos disponibilizados pela incubadora. A duração é de um ano, podendo ser renovado anualmente.

Segundo Lincoln Tejota, a regionalização do desenvolvimento é um objetivo de extrema importância para o Governo de Goiás, que busca atingi-lo por meio de diversas frentes econômicas. Para ele, o Proin é um dos meios para alcançar essa meta, através do incentivo ao empreendedorismo e de condições para que ele ocorra.

 “Sabemos da importância da indústria e do agronegócio e também trabalhamos em parceria com esses setores, mas o empreendedorismo e a inovação são as palavras do momento e que, com certeza, farão a diferença no futuro. Por isso, o Goiás de Resultados oferece o suporte necessário para que a UEG desenvolva esse trabalho de excelência junto aos empreendedores, que possuem oportunidades de negócio extremamente relevantes para a economia e para o estado. Eles só precisam de um parceiro que ajude a empreender com segurança e a consolidar essas ideias para que o empreendimento deslanche e o Governo de Goiás é esse parceiro”, salientou o vice-governador.

Cases

Atualmente, a incubadora possui 17 empreendimentos vinculados às respectivas áreas de atuação, modalidades e fases de incubação que recebem todo o apoio do Proin.UEG. O Programa está entre os 300 processos de incubação de universidades do mundo avaliados pela UBI Index, Global Benchmark, em Estocolmo, na Suécia.

Entre os vários cases de sucesso que receberam o apoio do Proin estão a Sollaren Inovação em Tecnologia do Ar, que desenvolveu um equipamento para desinfecção do ar e de superfícies eficaz no combate ao novo coronavírus; Floê Cosméticos, que produz produtos veganos e com ingredientes do Cerrado; a Casa da Minhoca, produtora de insumos agroecológicos; e a Brizze Kombucha, que produz bebidas probióticas e a primeira do segmento em Goiás a obter o registro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Governo na palma da mão

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