“Maioria dos hospitais de campanha deve começar a funcionar em 21 dias”, afirma Lincoln Tejota
Previsão é de que sete das oito unidades que ainda não estão atendendo comecem a receber pacientes de coronavírus
Os índices de isolamento social continuam preocupando o vice-governador Lincoln Tejota, que não descarta a possibilidade de nova adoção de medidas restritivas em Goiás. Durante entrevista à Radio CBN Goiânia na tarde desta sexta-feira (8), Tejota fez um apelo à população para que se conscientize da importância de respeitar as medidas de isolamento social, principal forma de evitar o contágio acelerado do novo coronavírus.
“Muitas pessoas me perguntam quando a vida vai voltar ao normal, mas o enfrentamento ao coronavírus não depende apenas do Poder Público. A população precisa entender a gravidade do momento e colaborar, seguindo as medidas de distanciamento social. Estamos chegando a uma taxa de isolamento extremamente preocupante e medidas mais duras podem ser tomadas. É hora de ajudarmos uns aos outros, sermos coerentes e parceiros”, destacou Lincoln Tejota.
O estado, atualmente, registra o 2º pior índice de isolamento do país, abaixo de 40%, quando o ideal, segundo autoridades médicas e sanitárias, é que esse número fique acima dos 50%. O Governo de Goiás segue monitorando diariamente os dados de isolamento e disponibilidade de leitos no sistema de saúde. Todas as decisões da gestão estadual são embasadas em estudos técnicos e científicos.
Além disso, em parceria com as prefeituras, a fiscalização tem sido reforçada, a fim de orientar os cidadãos sobre uso de máscaras e a manutenção da distância correta entre as pessoas, além de outras formas de prevenção, e também de evitar o funcionamento de estabelecimentos em desacordo com o decreto do governador Ronaldo Caiado.
O vice-governador reforçou que não há interesse do governo estadual em manter comércios e empresas fechados. “Isso não é uma invenção do Governo de Goiás. Nenhum governante quer parar o comércio. Uma economia paralisada não é interesse de ninguém. Os recursos do Estado também dependem de uma economia girando. Mas, se essas medidas são tomadas, é porque são necessárias para proteger a vida dos goianos”, salientou.
Hospitais de Campanha
Em Goiás, serão nove hospitais de campanha, o que representa 1500 leitos para tratamento de pacientes com Covid-19. O primeiro deles já está atendendo desde março no Hospital do Servidor, em Goiânia. Nesse momento, o atendimento é exclusivo aos infectados pelo coronavírus.
Duas estruturas provisórias estão sendo montadas: uma no Centro de Convenções de Anápolis e outra em Águas Lindas, no entorno do Distrito Federal. A unidade de Águas Lindas foi construída pela União, que repassará a gestão ao Governo de Goiás. A formalização da transferência da administração ainda será feita, mas o Governo Federal já autorizou o Estado a dar início às tratativas para contratação de pessoal e aquisição de medicamentos, insumos e equipamentos. A previsão é de que entre em funcionamento dentro de 15 a 21 dias.
As demais unidades ficam nos municípios de Porangatu, Luziânia, Formosa, Jataí, São Luís de Montes Belos e Itumbiara. A gestão estadual nesses locais trará mais agilidade às ações e fluxos assistenciais otimizados. A expectativa é de que os hospitais, com exceção de Itumbiara, também comecem a receber pacientes dentro de 15 a 21 dias. Já Itumbiara deve funcionar daqui a um mês.
“A regionalização da saúde é um anseio antigo da população para acabar com a ‘ambulancioterapia’. E também é uma das metas do Programa Goiás de Resultados, o qual foi criado pelo governador e eu coordeno. Como a maioria dos hospitais é permanente, deixaremos um legado para que a população possa continuar usufruindo dessas unidades, sem precisar se deslocar para a capital em busca de atendimento”, concluiu Tejota.