Goiás de Resultados: detentos irão produzir 800 peças de cimentos por dia em Sanclerlândia

Os artefatos produzidos serão usados em obras públicas do município; ações de ressocialização dos presos também já é realidade em Jataí e Paraúna

Detentos da Unidade Prisional Regional de Sanclerlândia começaram a produzir artefatos de cimentos que serão utilizados em obras públicas do município. A iniciativa de ressocialização teve início no último sábado (14) e a expectativa é de que sejam produzidas 800 peças de cimento diariamente. 

Seis presidiários irão trabalhar na fábrica instalada dentro do presídio. De acordo com a direção da unidade prisional, os materiais usados na confecção das peças de cimento serão doados pelo Conselho da Comunidade em execução penal do município. 

Os detentos que participarem da atividade de ressocialização em Sanclerlândia serão beneficiados com a remissão da pena por tempo de trabalho, conforme indica a Lei de Execução Penitenciária. O mesmo aconteceu com encarcerados em Jataí. Desde janeiro, presos que cumprem pena em regime fechado, realizam serviços de limpeza e manutenção em escolas municipais em troca da remissão da pena. 

Esse modelo de ressocialização atende a uma das metas prioritárias definidas pelo programa Goiás de Resultados, lançado em maio de 2019 pelo governador Ronaldo Caiado,  que busca reduzir os custos do sistema prisional para a administração pública, enquanto oferece oportunidades de ressocialização aos encarcerados de todo o Estado. 

“O programa Goiás de Resultados tem apoiado a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária na estruturação e execução da Política Estadual de Trabalho para Presos e isso já vem mostrando resultados concretos que estão fomentando os órgãos da administração estadual e outros municípios a desenvolverem ações semelhantes”, explicou Madson Ribeiro, integrante do Comitê Gestor do programa.

Outro exemplo de sucesso que vem acontecendo em Goiás são as obras da sede da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados de Paraúna (APAC). Ao todo, 15 detentos trabalham na construção do prédio. Nesse caso, os detentos trabalham em troca de remuneração, que é paga pelo Estado, por meio da DGAP. 

Além da mão de obra carcerária, todo o material de ferragem, bloquetes e artefatos de concreto que estão sendo usados na construção, foram produzidos pelos encarcerados na fábrica dentro da unidade prisional. 

A unidade da APAC que será inaugurada em Paraúna prevê galpão de trabalho, estudo e qualificação profissional, das 06h às 22h, diariamente. O modelo prevê ressocialização em até 80% da população carcerária que será atendida na unidade.

 “As ações de ressocialização dentro dos presídios têm consequências diretas na prevenção social, considerando a redução da reincidência criminal quando o encarcerado passa a enxergar novas oportunidades longe do crime”, finalizou o gestor Madson Ribeiro.

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo