Detentos trabalham na manutenção de prédios públicos em Goiânia
Força-tarefa do programa Goiás de Resultados reuniu diferentes órgãos para acelerar implantação de projetos de ressocialização de presos
Desde que foi lançado, em 2019, o Programa Goiás de Resultados articulou novas parcerias entre a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) e diferentes órgãos do Governo de Goiás para impulsionar a implantação dos projetos que visam ressocialização nos presídios estaduais.
Desde o início do mês de junho, seis detentos estão trabalhando na manutenção do prédio da Secretaria de Educação do Estado de Goiás (Seduc), no setor Vila Nova, em Goiânia. Eles estão atuando em reformas, no carregamento e descarregamento de caminhões que transportam os suprimentos do órgão e outros serviços gerais.
Os presos cumprem pena em regime aberto e semiaberto e trabalham de segunda a sexta, das 8h às 17h. Assessora da Superintendência de Segurança Escolar e Colégio Militar, Joyce Weimy, explica que o contrato deles tem duração de seis meses, com possibilidade de efetivação pelas empresas que os contrataram.
A experiência foi aprovada pelos servidores da Seduc, que já negociam com a DGAP uma ampliação do projeto para quando as aulas presenciais forem retomadas. “São excelentes! Carregam e descarregam os caminhões, fazem tudo com muita atenção e trabalham para valer. A gente consegue enxergar a esperança no olhar deles, a vontade de retornarem para a sociedade com mais dignidade”, disse Joyce Weimy.
A diretora da Seduc acrescentou que a experiência deveria ser replicada em outros municípios. “Estou apaixonada pelo projeto e gostaria que fosse ampliado para todo Estado. Infelizmente, ainda existe muito preconceito, mas precisamos romper essa barreira”, lamentou Joyce Weimy.
Coordenador do Programa Goiás de Resultados, o vice-governador Lincoln Tejota afirmou que a reintegração social dos presos já é uma realidade graças à Força-Tarefa da Ressocialização, instaurada pelo Comitê do Programa em dezembro de 2019. “Nosso objetivo é oferecer novas funções para esses presos que ficavam ociosos nas celas dos presídios. Além das oportunidades de trabalhar e estudar, eles ainda podem mandar dinheiro para as famílias e assim diminuímos as chances desses indivíduos voltarem à vida do crime”, explicou Tejota.