Plantio de ipês marca Dia da Árvore
Uma cerimônia simbólica, marcada pelo plantio de mudas de ipês na sede Centralizada da Secretaria de Educação de Goiás (Seduc), em Goiânia, celebrou o Dia da Árvore na rede estadual de ensino nesta segunda-feira, dia 21.
A secretária da Educação Fátima Gavioli lembrou que a ideia de plantar os ipês surgiu com a intenção de não deixar que o Dia da Árvore passasse em branco. A data já está incorporada ao calendário nacional e é celebrada no Brasil.
Segundo a secretária, durante a manhã desta segunda-feira, todas as unidades educacionais da rede pública estadual e as 40 Coordenações Regionais de Educação (CREs) foram orientadas a também plantarem pés de ipês em seus espaços. Ela explicou ainda que os ipês foram escolhidos por sua beleza e resistência e também por serem um dos principais símbolos do Cerrado goiano.
A secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis, que na ocasião representou o governador Ronaldo Caiado, alertou que “o plantio deixa uma esperança para o futuro, que tenhamos um planeta melhor”.
Ao falar do trabalho que os profissionais da Educação desenvolvem junto aos alunos, Andréa destacou a necessidade do contato da criança com a terra, para que vejam o mundo de forma diferente, mais harmônica, pacífica. “Este é um dia simbólico para todos nós. Plantar uma árvore é fazer nascer uma vida, criar um mundo mais belo para nós e nossos descendentes”, disse.
As 50 mudas de ipês nas cores roxo, amarelo e rosa, foram distribuídas pelo espaço da sede da Centralizada e ajudarão, daqui uns anos, a tornar a temperatura mais amena e o ambiente mais colorido e acolhedor. “A iniciativa do plantio alusivo ao Dia da Árvore foi da chefe de gabinete, Helena da Costa Bezerra”, explica o professor Leonardo Teófilo, presidente da Comissão de Políticas de Gestão Ambiental da Seduc Goiás.
As mudas de ipês selecionadas para a ação de plantio pertencem aos gêneros Tabebuia e Handroanthus, ambos da família Bignoniaceae. O professor Leonardo Teófilo destaca que a escolha da espécie tem a ver com a sua beleza e rusticidade, já que os ipês são de fácil cultivo e não exigem muitos cuidados. “Além da beleza de suas flores, eles resistem bem ao período de seca como agora”.
Mudanças climáticas
Ao falar da ação humana na natureza e suas consequências, a titular da Semad, secretária Andréa Vulcanis afirmou que passamos por momentos muito difíceis com as mudanças climáticas. Todos os anos falta água e sem água não há vida, não há produção, não há economia. Para que ocorra mudanças positivas, de acordo com ela, é preciso mudar a visão de mundo das crianças e adolescentes. “Precisam se conectar com a natureza, plantar uma árvore, amar nossas florestas, nossos bichos e o nosso Cerrado, que é tão castigado”, relatou.
De acordo com ela, outro aspecto que não pode ter menos importância é o econômico. E ressaltou a necessidade de o Estado continuar a crescer e se firmar cada vez mais como grande produtor. “Nosso Goiás, no coração do Brasil, é de onde surge a água do Brasil, precisa ser exemplo de como fazer o desenvolvimento sustentável”.
Andréa Vulcanis relatou ainda que a Semad olha muito para o passado, para o passivo que outras pessoas, que não preservaram, deixaram como legado para a humanidade. “Já a Educação olha para o futuro, e é nas crianças e adolescentes que eu acredito. Só assim, um dia, quem sabe, deixará de ser necessária a permanência de uma secretaria de meio ambiente”, confidenciou.
Benefícios das árvores
Um dos integrantes do coletivo Plantadores de Água, que planeja e executa ações voluntárias de plantios de mudas nativas em áreas públicas de Goiânia, o ambientalista Ernesto Augustus Renovato, falou da iniciativa. “O plantio de árvores tem inúmeros benefícios. “Promove uma melhoria no microclima da região, aumenta a umidade relativa do ar e atenua os efeitos da poluição sonora. Para os animais, serve de abrigo e é fonte de alimentos”, relata.
Segundo o ambientalista, as árvores, no geral, direcionam o fluxo de água para o solo, suas folhas reduzem a velocidade da água que escorre superficialmente, protegem o solo contra a erosão e a evaporação excessiva e ainda servem de adubo após a decomposição. “Sem contar que suas raízes facilitam a infiltração da água no solo, o que favorece a manutenção do lençol freático”.
Comunicação das secretarias de Educação e Meio Ambiente