Papa, vitória e novo cangaço: o que há em comum nestas palavras?

Ele estava com mais 73.530 pessoas. Todo mundo em um mesmo lugar. Em um mesmo dia. Em um mesmo horário. Mais pistas? Vamos lá: Rio de Janeiro, ano de 2013. Já descobriu sobre o que estamos falando?

– Autoriza o árbitro!
Mexeu na bola o time do Brasil! Começa o jogo no Maracanã!
Fred caído, caído, caído, pé na bola, olha o gol do Brasil!
Goooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooool!

O cronômetro nem conseguira alcançar os dois minutos iniciais de jogo, e o camisa 9 da seleção brasileira já comemorava o primeiro tento contra a Espanha. O Maraca sediava naquele domingo, 30 de junho, às 19 horas, a final da Copa das Confederações. E o público já gritava:

– Ôooo, o campeão voltou! O campeão voltou!

Mas, definitivamente, não era a partida nem os lances de Fred, Neymar, Oscar e Hulk que interessavam ao nosso personagem, o integrante das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) de Goiás, Alexandre Borges Taffner. O sargento estava lá por outro motivo. Junto a mais policiais brasileiros, ele cuidava da segurança do presidente da Confederação das Américas Central e do Norte (Concacaf), Jeffrey Web.

Pois bem. O 3 a 0 do Brasil contra a ex-poderosa Espanha e a conquista do tetracampeonato na competição eram apenas figurantes diante da grande operação da qual Taffner participava. E mal sabia ele que, cerca de um mês depois, seria convocado para fazer parte da Força Nacional, durante a visita do papa Francisco ao Brasil.

Nessa época, Taffner já contava com oito anos de Polícia Militar e quatro de Rotam. Já tinha trabalhado no Comando de Operações de Divisa (COD) e também pela Força Nacional, na fronteira de Roraima com a Venezuela e na do Sul do País com a Argentina. “Sempre pensei em seguir carreira militar, cheguei até a prestar concurso para a Aeronáutica e para a polícia de Brasília”, diz Taffner, que nasceu na capital do País e entrou para a PM goiana em 2005.

Entre as grandes operações realizadas em Goiás, ele relembra uma de 2017, em que o COD atuou em conjunto com o Grupamento de Radiopatrulhamento Aéreo (Graer). Esses dois “braços” da PM conseguiram desarticular uma quadrilha do extinto Novo Cangaço, que atuava em Uruaçu e Minaçu. Outra ação que ficou na memória de Taffner foi um confronto com integrantes do PCC em Ouvidor.

“Para estar na Rotam, é necessário ter boa vontade, comprometimento com o batalhão e seguir fielmente as doutrinas e o patrulhamento tático”, ensina o sargento. “Olha, posso falar sem demagogia, a polícia de Goiás está à frente anos-luz em relação a outros Estados. E como é bom ser valorizado e ter a confiança do governador Ronaldo Caiado. Ele nos dá liberdade de atuação, porque sabe que tem uma polícia bem treinada”, complementa.

Bem treinada e eclética. Porque só mesmo um bom policial para atuar em ações e operações de naturezas tão distintas, mas igualmente importantes.

Banner Mobile

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo