Operação apreende material usado por presos para crimes cibernéticos

A Diretoria Geral de Administração Penitenciária (Dgap), por meio da Superintendência de Segurança Penitenciária (Susepe) e a participação do Grupo de Operações Penitenciárias Especiais (Gope), participou da Operação Data Broker.

Comandada pela Polícia Civil de Goiás, a ação na manhã dessa sexta-feira, 04, resultou na apreensão de vários materiais utilizados por presos da Penitenciária Coronel Odenir  Guimarães (POG) para golpes por meio de aplicativos de mensagem. A operação contou também com servidores penitenciários da unidade.

Segundo as investigações, os envolvidos enviavam mensagens para as vítimas com solicitações de depósitos de valores em contas de terceiros. Todo o material foi apreendido na Ala A da POG, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, onde estão custodiados 500 presos.  Durante a operação, que durou três horas e resultou na revista estrutural em 119 celas do presídio, participaram 108 servidores penitenciários.
 
De acordo com o superintendente de Segurança Penitenciária da Dgap, Jonathan Marques, foram apreendidos aparelhos telefônicos, chips de celulares, dinheiro e cadernos com anotações dos presos sobre o esquema criminoso, investigado pela PC.

O superintendente destacou a participação Gerência de Inteligência e Observatório da Dgap, que forneceu as informações que iniciaram as investigações para a Polícia Civil. “Não admitimos que nenhum tipo de crime seja cometido dentro do sistema. Sempre que temos informações, atuamos prontamente para evitar toda e qualquer conduta delituosa”, afirma Jonathan.

“Essa é a determinação da nossa Diretoria-Geral de Administração Penitenciária, Secretaria de Segurança Pública de Goiás e Governo de Goiás”, completou. Para Jonathan a operação reforça o compromisso das forças policiais do Estado no combate ao crime. “Cada vez estamos intensificando mais os nossos procedimentos para evitar todo e qualquer tipo de conduta criminosa”.
 
Operação
 
As investigações da Polícia Civil apuraram que os presos criavam perfis fakes nas redes sociais, utilizando imagens e identificação de médicos, dentistas, promotores de Justiça e juízes e enviavam mensagens para os familiares próximos destes, solicitando depósito de valores em contas de terceiros.
 
O acesso às informações dos parentes da vítima era realizado por meio de bancos de dados ilegais disponibilizados na internet, conhecidos como Data Brokers. A Operação contou com o apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, especialmente  na busca de elementos informativos coletados em ambientes virtuais.
 
A Justiça goiana determinou o bloqueio e exclusão dos sites ilegais em todo território nacional.  A operação foi presidida pela delegada de Polícia Civil da Delegacia de Combate a Crimes Virtuais, Sabrina Leles.

De acordo com ela, o apoio da administração penitenciário foi “importante para que, numa ação conjunta, os resultados da operação fossem alcançados da forma como ocorreu”, disse ela. “Rendo aqui os meus agradecimentos ao coronel Augusto,  Diretor-Geral de Administração Penitenciária e aos policiais penais participantes da operação conosco pelo sucesso do trabalho”, afirmou.

A ação é resultado da aplicação de medidas estabelecidas pelo Governo de Goiás em consonância com a Secretaria de Segurança Publica (SSP) , diretrizes que visam combater o crime no Estado.

Fotos: Dgap e PCGO
Comunicação Setorial Diretoria-Geral de Administração Penitenciária

 

 

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