Desenvolvimento de comprimidos de liberação prolongada contendo dapsona para tratamento de Hanseníase
Dissertação de Mestrado pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás / Universidade Estadual de Goiás / Centro Universitário de Anápolis
Por Fritz Eduardo Kasbaum
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O presente trabalho tem como objetivo o desenvolvimento farmacotécnico de novos sistemas de veiculação de fármacos, especificamente comprimidos de liberação prolongada de dapsona (DOS), uma sultana com ação bacteriostática utilizada no tratamento da hanseníase e diversas afecções da pele e também no tratamento de outras patologias como a malária e a pneumonia causada por Pneumocystis carinii. Esse fármaco, dependendo da patologia, pode ser administrado em doses que variam de 25 a 300mg/dia , e a frequência de administração somada às altas doses são responsáveis pelo surgimento de efeitos colaterais graves no sistema hematológico, dentre eles a metemoglobinemia e em alguns casos hemólise. Sistemas de liberação modificada visam a otimização da terapia medicamentosa por redução das doses usualmente administradas e obtenção de níveis plasmáticos mais uniformes do fármaco por maior período de tempo em relação às formas de liberação imediata. Isso geralmente promove a redução na frequência de administrações e também redução dos efeitos colaterais observados. Foram preparadas oito formulações de DOS utilizando-se como excipientes a celulose microcristalina, a lactose monohidratada spray dryer e estearato de magnésio. Para compor o sistema matricial de liberação do fármaco, formularam-se comprimidos ora contendo matriz com característica hidrofílica, ora lipofílica, respectivamente, hidroxipropilmetilcelulose (HPMC) e monoestearato de glicerila (MEG). As formulações preparadas foram submetidas a ensaios de dissolução em meios que simulavam as condições estomacal e entérica e os respectivos perfis de liberação avaliados por meio de análise de variância (ANOVA). Para a formulação de escolha também avaliou-se a cinética de liberação da DOS de forma a elucidar os mecanismos que a controlam. Os resultados de liberação ao longo do tempo foram tratados de acordo com modelo cinéticos zero-ordem, primeira ordem, Higuchi e modelo exponencial. Os coeficientes de correlação obtidos indicam que a liberação da DOS a partir da formulação escolhida é governada modelo exponencial.