Governador destaca avanços na regionalização da Saúde

O governador Ronaldo Caiado destacou os avanços na regionalização da saúde pública em Goiás em entrevista, ao vivo, na manhã desta quinta-feira, dia 29, no programa Manhã Sagres, da Rádio Sagres 730 AM, apresentado pelos jornalistas Cileide Alves e Rubens Salomão. Ao comentar a questão, Caiado sublinhou os equívocos da gestão anterior, que se preocupou em erguer hospitais nas grandes cidades e, paralelamente, destruiu toda a rede de atendimento que havia nas demais regiões do Estado.

“Hoje, todo cidadão só tem como referência a cidade de Goiânia. Vamos regionalizar a saúde para que não haja paciente andando 500, 600 quilômetros para fazer hemodiálise. Se eu não tiver, além das policlínicas, hospitais para cirurgias de alta e média complexidade, em outros municípios, estarei fazendo com que todos migrem para Anápolis, Goiânia e Aparecida”, pontuou Caiado.

O governador destacou que, em pouco menos de nove meses de governo, já deu importantes passos rumo à inversão deste cenário ‘politraumático’ da saúde, por meio da recuperação de instituições estratégicas para a rede de atendimento, bem como da assinatura de convênios com entidades como: a Santa Casa de Catalão; Hospital Padre Tiago na Providência de Deus, em Jataí; Hospital São Pedro d’Alcântara, na cidade de Goiás; Santa Casa de Anápolis e de Ceres.

Caiado também frisou o andamento da construção da policlínica em Posse e a ordem para retomada das obras do Hospital Estadual de Águas Lindas. “Este precisará de algo em torno de R$ 30 milhões para funcionar. Para se ter uma idéia, o hospital chegou a ser inaugurado, com direito a grande show com dupla sertaneja. Enquanto isso, o chão do centro cirúrgico e da área de recuperação de pós-operatório, não sei se vocês viram, está em terra batida”, indignou-se, comentando que a parte de alvenaria da unidade será finalizada até o final do ano, para, na sequência, ser colocada a aparelhagem devida.

Caiado também lembrou que a situação é semelhante em Uruaçu. “Botaram até o nome da mãe do ex-governador no hospital. Fizeram show, abriram tudo e tal. No entanto, eu ainda vou ter que gastar R$ 84 milhões para colocá-lo para funcionar”, afirmou o governador, reiterando que vai recuperar toda a rede da região do Norte, contemplando cidades como Niquelândia e Minaçu.

Com relação à região Nordeste, está prevista a estruturação do hospital de Formosa, seguido de um hospital de média complexidade em Alvorada, para ampliar o atendimento, em apoio à futura policlínica na cidade de Posse. O governador mencionou ainda a situação de Jataí, onde o presidente da Associação mantenedora do hospital, Frei Francisco, queixou-se de que o contrato assinado pelo ex-governador “só ficou na foto”. “Com minha assinatura, imediatamente foi feito o depósito na conta. Agora, lá já tem UTI funcionando, bem como tratamento oncológico”, afirmou Caiado.

O governador destacou que também está reforçando a saúde na capital, enquanto o interior não está pronto para atender sua própria demanda. Comentou que os esforços do governo mudaram a realidade do Hospital Materno Infantil, em Goiânia, cujas filas e problemas estruturais eram continuamente divulgados pela imprensa.

Com apoio do governo federal, o Estado obteve uma verba de R$ 140 milhões que foi aplicada na recuperação de leitos. Ao ser questionado se uma nova unidade será feita pelo governo, foi categórico. “Lógico que haverá um novo Materno Infantil, mas antes disto nós já resolvemos a questão. Instalamos 55 leitos de altíssimo padrão e 10 leitos de UTI. E, com isto, o Materno Infantil saiu da mídia. O problema da segurança pública saiu da mídia, assim como o problema do Detran”, exemplificou.

“Vaca sagrada”

Outra “briga” que o governador Caiado assumiu foi com a Enel, uma vez que a questão energética se tornou um dos principais gargalos para o desenvolvimento do Estado. “A Enel era intocável. Uma ‘Vaca sagrada’, todo mundo se calava quanto à situação que nos foi posta. Além do dinheiro da Celg, vendida a preço de banana, ter sido 100% dilapidado, ficamos com uma tarifa cara e a pior distribuidora no país. Não tínhamos energia para atender a demanda reprimida. Enfim, um colapso completo”, queixou-se Caiado. Um passo fundamental para melhoria deste cenário, lembrado pelo governador, foi o acordo assinado na última segunda-feira (26) com a empresa italiana para acabar com a crise energética em Goiás.

Além de antecipar os investimentos com a previsão de ampliar em 26% a capacidade da rede de distribuição nos próximos três anos, a Enel se comprometeu a melhorar as perdas na distribuição da rede atual e também a aumentar o número de conexões rurais. A assinatura do acordo, no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, foi acompanhada pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque; do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia; do vice-governador Lincoln Tejota; e de representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), secretários de Estado, além de deputados estaduais e federais. As medidas, até o início de fevereiro do ano que vem, representarão aumento em 486 megawatts (MVA) na capacidade de distribuição de energia.

“Eles chegaram com aquela pose toda, mas Goiás agora tem governador e o jogo é diferente. Eu não sou sócio deles. É para isso que se tem governo, não é pra enriquecer governante. Governo é para melhorar a vida do cidadão”, concluiu Caiado.

Ao longo dos quase 50 minutos de entrevista, o governador também mencionou a Campus Party, prestou contas de outros assuntos pertinentes, como: a inclusão do Estado no Regime de Recuperação Fiscal; incentivos fiscais; a parceria com o prefeito de Goiânia, Iris Rezende, em questões como a desoneração da tarifa do transporte coletivo na Região Metropolitana; a parceira com o presidente Jair Bolsonaro, com quem Caiado se encontra ainda nesta quinta-feira, 29, em Brasília, e que estará, pela quinta vez em Goiás, no próximo dia 2 de setembro, para inauguração da unidade prisional da cidade de Planaltina.

Fotos: Lucas Diener

Secretaria de Comunicação

 

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