Entregue obras de restauro em igreja do século XVIII

 A Secretaria de Cultura (Secult Goiás), por meio do Fundo de Arte e Cultura (FAC), entregou oficialmente, neste domingo, dia 8, as obras de restauro da Igreja de Nossa Senhora das Mercês, em Pilar de Goiás, construída entre 1783 e 1824 por escravos e pardos em estilo colonial. A entrega da ermida coincide com o fim de semana em que a cidade sedia as tradicionais Cavalhadas. O secretário de Cultura de Goiás, escritor Edival Lourenço, esteve presente.

A recuperação da igreja foi contemplada pelo Edital de Restauro de Bem Material, do FAC, no Edital 7/2016, com R$ 250 mil. Considerada uma relíquia do século XVIII, a construção é um monumento tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1980, que atravessou dois séculos até os dias atuais mantendo suas características coloniais. Por se tratar de um bem tombado, o processo de autorização para a obra teve que passar pela análise do Iphan.

Para o secretário Edival Lourenço, este tipo de iniciativa é importante por estar relacionada com a história do Estado. “Algumas das obras mais antigas de Goiás são justamente igrejas. São obras belíssimas. A Igreja das Mercês, por exemplo, chama a atenção por sua singeleza. As histórias de gerações e gerações de goianos de uma forma ou de outra passaram pelas igrejas, direta ou indiretamente. Cuidar desse patrimônio também significa cuidar de nossa história e de nossa Cultura”, explicou o secretário.

Obra

Na etapa inicial, a equipe realizou um amplo levantamento de dados históricos e documentais sobre a Igreja. A arquiteta coordenadora da execução do projeto de restauro, Anamaria Diniz, explica que todas as informações foram consideradas para uma análise crítica, cruzando resultados com o mapeamento de danos atualizado e exames científicos.

De acordo com a coordenadora, o conceito proposto foi de caráter conservativo, reconhecendo e mantendo algumas intervenções arquitetônicas anteriores, e propondo estudos e saneamento dos danos. “A proposta foi, basicamente, remover e/ou substituir somente o que trouxer danos à conservação do imóvel, e o que descaracterize a arquitetura do século XVIII”, disse Anamaria Diniz.

Também foram necessários a execução de reforços estruturais importantes, intervenções nas argamassas internas e externas, pintura e projetos técnicos prediais. “Os esteios em madeira, foram bastante atacados por cupins e fungos, onde grande parte dos reforços executados já nem existiam, restando só parafusos metálicos e resinas no local”, afirmou a arquiteta.

Mais informações: (62) 3201-3004

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