Boletim apresenta reflexos da pandemia no Turismo

O XVI Boletim “Panorama da Retomada do Turismo em Goiás”, divulgado pelo Observatório do Turismo da Agência de Turismo do Estado de Goiás (Goiás Turismo), apresenta um compilado de pesquisas, contextualizando transformações que a pandemia impôs ao setor. Os dados mostram os impactos sofridos pela indústria de viagens e Turismo no Brasil e no mundo, em 2020.

Ao contrário dos últimos nove anos consecutivos, o PIB do Turismo global caiu mais do que a economia em geral. A pandemia de Covid-19, em seu primeiro ano, impôs à economia mundial uma queda de 3,7%, enquanto o setor de Turismo caiu 49,1%, em 2020.  

A pesquisa registra o encolhimento do setor. O Produto Interno Bruto (PIB) total do Turismo caiu de US$ 115,7 bilhões em 2019, para US$ 78 bilhões em 2020, uma queda de 32,6%; o PIB do Turismo, que representava 7,7% do PIB nacional em 2019, passou a representar 5,5%.

Os gastos do Turismo doméstico no Brasil caíram 35,6%, em 2020 No Turismo internacional, a queda foi de 39,1%. No ano passado, 94,4% dos gastos realizados com a atividade de viagens vieram do Turismo doméstico e 5,6% do internacional.  

Em comparação com 2019, os gastos impactaram mais o segmento de negócios, que sofreu queda de 61%, e o de lazer, que caiu 49%. Os gastos em viagens internacionais, que caíram 69,4%, foram menores que os realizados em viagens domésticas, que diminuíram 45%.

Os empregos no setor tiveram queda de 18,5%, o que representou a perda de 62 milhões de postos de trabalho em todo o mundo, afetando desde pequenas a grandes empresas em diversos segmentos do Turismo.  

Segundo os dados, o PIB do Brasil foi menos impactado pela crise em 2020 que o do restante do mundo. A região das Américas foi a que mais sofreu, percentualmente, na perda de empregos, no ano passado, do que a maioria dos demais continentes.

Somente a África teve mais postos de trabalho fechados. Na América, foram 4 milhões de empregos extintos e uma queda no PIB de US$ 110 bilhões, representando menos 41,1%.  

Turismo e vacinação
Outro estudo aponta que existem diferenças nos níveis de vacinação entre os países, com alguns com mais de 60% da população imunizada e outros que ainda nem chegaram a 1%. Os números indicam pouca confiança nas viagens com a lentidão para conter o vírus, o que leva a um cenário econômico deficiente para o setor turístico.

As perdas estão piores que as previsões para 2021 e podem chegar a um patamar entre US$ 1,7 bilhão a 2,4 bilhões, em comparação com 2019. Segundo o levantamento, as perdas no PIB do Brasil pela redução da atividade turística devem fazer o indicador cair entre 0,5 e 0,6% em 2021.  

À medida que avança a aplicação do Plano de Imunização no Estado, a partir da chegada de novos lotes de vacinas, da preocupação do governo estadual com a necessidade da vacinação para o maior número de pessoas e da exigência do cumprimento das normas sanitárias, o Turismo em Goiás vem tendo sua retomada, ainda que lenta.

De acordo com o estudo, as viagens de proximidade ganham espaço, ou seja, os goianos estão redescobrindo Goiás e consequentemente o Brasil, optando por viagens curtas, seguras e responsáveis. E confirmando a tendência apontada por pesquisas recentes, optando pelo Turismo de natureza e perto de casa. 

As informações compiladas no 16º Boletim da Retomada foram retiradas do Blog Panhotas, do relatório do World Travel & Tourism Council (WTTC) e de estudo produzido pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). Acesse o Boletim XVI “Panorama da Retomada do Turismo em Goiás 2021” completo em https://www.goiasturismo.go.gov.br/files/BL16.pdf 

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