Polícia Civil de Goiás integra operação contra pornografia infantil
A Polícia Civil, por meio Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DERCC), cumpriu na manhã desta sexta-feira (6/11) quatro mandados de busca e apreensão em Goiás, durante a Operação Luz da Infância 7, contra a pornografia infantil.
A ação foi coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e contou com a participação das polícias civis de dez estados e agências de aplicação da lei de quatro países: Argentina, Estados Unidos, Paraguai e Panamá, que também cumpriram, simultaneamente, mandados de busca e apreensão.
Em Goiás, os mandados foram cumpridos em Trindade, Anápolis e Caldas Novas. Segundo a delegada Sabrina Leles, titular da DERCC, os alvos são pessoas que armazenam, produzem ou compartilham vídeos ou imagens de pornografia infantil, na internet.
“Em Caldas Novas, haviam milhares de arquivos pornográficos, no computador e no celular do investigado. Contudo, não foi possível comprovar, sem uma análise pericial, de que se tratava de imagem pornográfica infanto-juvenil, havendo a necessidade da complementação da perícia”, afirmou.
Além dos arquivos encontrados, os policiais conseguiram identificar nos computadores dos suspeitos evidências do compartilhamento e armazenamento do material ilegal. “Nós encontramos os rastros dos arquivos nas máquinas deles, só que como já estavam apagados, há necessidade de realização de perícia, para recuperação dos arquivos e comprovação da materialidade dos crimes. Então certamente eles serão indiciados no inquérito respectivo, mas não foi possível o flagrante”, destacou a delegada.
Durante as diligências da especializada, uma pessoa também foi detida em flagrante, em Anápolis, pela posse irregular de duas armas de fogo. Ao todo, foram cumpridos pelas polícias e países que participaram da operação 137 mandados de busca e apreensão. A delegada fez ainda um alerta aos familiares, já que, muitas vezes, o crime acontece sem que tenham conhecimento.
“Fica o alerta então para os pais, inclusive agora, durante a pandemia, em que a internet tem um papel fundamental no compartilhamento, no contato entre as pessoas. Infelizmente aumentou o número de crianças que se tornaram vítimas de ameaças, nas quais elas são obrigadas a enviar imagens pornográficas”, orientou.
No Brasil, o crime pode resultar em pena de até 8 anos de prisão. “As pessoas devem ter consciência de que a imagem pornográfica ou atividade sexual envolvendo crianças ou adolescentes é prevista no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) como crime e isso pode ser apenado em até 8 anos ou mais de reclusão. Certamente aquelas pessoas que tem esse hábito ou essa prática, através da internet, estão na mira da polícia e poderão ser presas a qualquer momento”, concluiu.
Comunicação Setorial Secretaria de Segurança Pública