HDT alerta para o combate às hepatites virais

Em 28 de julho é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. Só no ano passado, o HDT notificou 266 casos de hepatites B e C, e já neste ano, o número chega a 119 casos notificados.

As hepatites são doenças que causam inflamação nas células do fígado. Podem ser causados por vírus ou pelo uso de remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas.

Os sintomas podem ser variados, entre eles: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras. Porém, muitas vezes a doença é silenciosa, e não apresenta sintomas, o que a torna ainda mais preocupante.

Existem várias formas da patologia, as mais comuns são causadas por cinco vírus, sendo eles, hepatites A, B, C, D, e E que se diferenciam de acordo com a forma de evolução da doença. O hepatologista do Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), Rodrigo Sebba, destaca que, a grande preocupação é que algumas dessas hepatites virais podem evoluir para a forma crônica.

“As hepatites crônicas, especialmente as hepatites B e C, muitas vezes, na fase aguda, quando a pessoa se contamina, não apresentam nenhum tipo de sintoma, fazendo com que o indivíduo não perceba que foi contaminado pelo vírus. Com o tempo, o vírus cronicamente infectando o fígado, gera um processo inflamatório no órgão e fibrose, aumentando o risco de evolução para outras doenças como a cirrose hepática e o câncer de fígado”.

O hepatologista explica que no Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelo vírus B – transmitido principalmente por relação sexual – e C – transmitido por sangue contaminado. “As formas de prevenção mais eficazes desses dois tipos de vírus são o uso dos preservativos, e evitar o compartilhamento de objetos que possam ter contato com sangue, como seringas, utensílios de dentistas mal esterilizados, instrumentos de manicures, entre outros”.

Tratamento

A hepatite C é uma doença curável, onde os medicamentos disponíveis recuperam e eliminam quase todos os casos. Já na hepatite B, há casos que a doença é crônica, mas inativa, no qual o indivíduo não precisa ingerir remédios, mas deve manter o acompanhamento. Já em casos que existe a necessidade de medicação, a pessoa infectada possivelmente terá que fazer o uso de medicamento para o resto da vida, pois a hepatite B não possui cura, apenas controle.

Rodrigo alerta que a principal orientação é que a população faça os exames com relação às hepatites virais, principalmente a partir dos 40 anos de idade. “Os exames devem ser feitos pelo menos uma vez na vida, e a pesquisa de hepatite B e C pode ser solicitada por qualquer médico”, explica o hepatologista.

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