“Vou entregar, ao final do meu mandato, um Entorno bem diferente do que recebi”, diz Caiado
“Nós vivemos uma pandemia de corrupção generalizada, foi isso o que eu herdei”, afirmou o governador Ronaldo Caiado referindo-se ao Entorno do Distrito Federal, em entrevista remota, realizada, nesta quinta-feira (04/06), pelos integrantes da Associação dos Blogueiros de Política do Distrito Federal e Entorno (ABBP). Essa realidade, no entanto, assegura Caiado, está prestes a mudar, graças às ações empreendidas pela gestão estadual para promover o desenvolvimento da região.
O Entorno do Distrito Federal foi a principal pauta do debate virtual, que reuniu vários repórteres de política da região e de Brasília, em mais de uma hora de entrevista. Na ocasião, o governador falou sobre o Hospital de Campanha de Águas Lindas, que será aberto oficialmente nesta sexta-feira, 5, com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, e vai atender casos confirmados e suspeitos de Covid-19.
“Vocês podem ter certeza absoluta de que vou entregar, ao final do meu mandato, um Entorno bem diferente do que recebi”, garantiu. As iniciativas tomadas, até o momento, já revelam um desenho em curso que se sustenta no tripé de atendimento à saúde nas cidades de Águas Lindas; Luziânia, que ganhou 40 leitos recentemente; e Formosa, para onde estão previstos um hospital estadual e uma policlínica, a exemplo da que foi implantada em Posse, no Nordeste do Estado.
Questionado pelos entrevistadores, Caiado falou também sobre a situação do Hospital Regional de Águas Lindas que, inclusive, já foi inaugurado por gestões anteriores sem nunca ter sido concluído. “Já realizaram show e inauguraram esse hospital, várias vezes, e nunca o concluíram. Você sabe que sou cauteloso com datas, mas até fevereiro do ano que vem, vamos estar com a unidade funcionando”, informou Caiado
O trabalho do governador para combater as desigualdades regionais extrapola a área da saúde. Ele comentou, por exemplo, sobre o fim do turno da fome nas escolas do Entorno; a estruturação da Rotam na região, visando mais segurança para a população; investimentos em cursos profissionalizantes e na implantação de pólos industriais (uma área em Santo Antônio do Descoberto vai sediar um dos maiores complexos do gênero no Estado); além do direcionamento dos incentivos fiscais para as localidades que apresentam os maiores índices de vulnerabilidade social.
Fundos Constitucionais
Durante a entrevista, o governador também destacou a importância de os governos de todas as esferas (federal, estadual e municipal) e de todos os Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) trabalharem em convergência para benefício da população, não somente nesse período de pandemia, mas após a superação da crise.
Profundo conhecedor da legislação acerca dos fundos constitucionais, Caiado mais uma vez apontou a incongruência que há no recebimento de recursos entre Estados. “Os fundos constitucionais foram criados nas regiões (Centro-Oeste; Norte e Nordeste) que não tinham a mesma estrutura de logística e industrial de outras partes do País, e que, ainda, apresentavam um IDH e renda per capita baixos. Não é lógico Brasília, uma cidade administrativa, ter acesso a mais verba do que Goiás, que poderia investir esse dinheiro nas cidades do Entorno”, exemplificou.
“Além disso, querem negar atendimento à saúde dos goianos? Não é assim que se governa; eu não bloqueio a água do Rio Descoberto para o DF. É preciso parar de perpetuar essas desigualdades e de negar condições mínimas de sobrevivência e dignidade a uma população que tanto ajuda Brasília”, defendeu Caiado.
Sobre as ações de combate ao coronavírus, principalmente no Entorno, o governador lembrou que é imprescindível, além das iniciativas estaduais, a conscientização da população e o “braço forte” de autoridades locais. “Luziânia tem menos casos do que Valparaíso porque tem uma prefeita que se preocupa com a população. Você vai a Valparaíso e está tudo aberto, bar, boate, por isso, os registros aumentam”.
Por fim, Caiado ressaltou que, apesar da crise econômica que se avizinha, em função da pandemia, o Brasil e Goiás, entre outros Estados que estão sustentados no setor primário, vão ser os primeiros a superar a recessão, justamente porque o PIB tem um eixo muito forte na agropecuária.
Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás