Sistema atualiza estoque do Hemocentro de hora em hora

O Centro de Informações e Decisões Estratégias em Saúde – Conecta SUS Zilda Arns Neumann, da Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO), desenvolveu um sistema para o Hemocentro Coordenador Estadual de Goiás Dr. Nion Albernaz (Hemoceg) no qual uma das funcionalidades é acompanhar o estoque de bolsas por tipo de sangue. A gerente do Conecta SUS, Luiselena Esmeraldo, detalha que a ferramenta apresenta um perfil do doador goiano, trazendo as informações quanto à frequência da doação, ao sexo e quanto à faixa etária.

“O sistema também mostra um histórico do candidato desde 2008, diferenciando o número de doadores aptos e inaptos. Em relação ao estoque, existe um detalhamento de acordo com o número de bolsas de cada tipo sanguíneo, com classificação em estado estável, em alerta ou crítico”, especifica a gerente, acrescentando que a atualização das informações ocorre a cada hora.

Os indicadores do Hemoceg podem ser acessados no portal da SES-GO, no menu Sistemas de Saúde – Indicadores de Saúde (clique aqui), mas o painel também poderá ser visualizado, em breve, nos aparelhos de TV da unidade, em Goiânia, e no novo site em desenvolvimento pelo Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), organização social gestora do Hemocentro. É o que adianta a assessora técnica da unidade, Denyse Goulart. “Disponibilizar essas informações é uma forma de prestar contas aos doadores e, ainda, de sensibilizá-los para serem doadores regulares”, acredita Denyse.

Primeira vez

De acordo com a assessora, muitas pessoas só doam sangue quando conhecem alguém que está precisando e depois não retornam mais. Isso é confirmado pelos indicadores do sistema do Conecta SUS. Este ano, até o momento, 41,8% são doadores de primeira vez. Já o percentual de doador de repetição está em 26,9%.

O corretor de imóveis Geraldo Quintino Santos é o retrato dessa estatística. No dia 28 de março, ele e outros seis conterrâneos vieram de Inhumas para doar sangue para uma amiga com câncer. Mas Geraldo, que aos 49 anos doou sangue pela primeira vez, pretende reverter sua posição a partir de agora. “Sempre que puder, virei novamente. O certo seria que todo mundo ajudasse, um ajudando o outro.”

Além disso, a assessora técnica do Hemocentro salienta que a demanda não é alta apenas em períodos de feriados prolongados, por causa do aumento de acidentes. “Temos uma necessidade elevada o ano todo. O sangue é utilizado em cirurgias, transplantes, em casos de doenças crônicas, como H1N1 e dengue. E o Hemocentro atende todos os hospitais públicos do Estado”, reforça Denyse.

O atendente de farmácia Eperson Naves Dorneles tem consciência da importância da doação e há sete anos é doador frequente. A primeira doação foi para um parente que precisava, mas desde então ele comparece à unidade de duas a três vezes por ano. “Estou com mais quatro colegas e, sempre que venho, chamo alguém para me acompanhar. Hoje também me cadastrei como doador de medula óssea”, contou.

Perfil do doador

De acordo com os indicadores do sistema do Hemocentro, 63,8% dos doadores são do sexo masculino. Em relação à faixa etária, 40,5% tem entre 18 e 29 anos. A assessora Denyse Goulart observa que a análise dos dados direciona o planejamento de ações, especialmente onde levar a unidade móvel. “Em março, por exemplo, estivemos em eventos voltados para a mulher que, apesar de ter hábitos mais saudáveis e uma expectativa de vida um pouco maior que a do homem, representa somente 36% das doações”, relata a assessora.

Bruna Moras Pereira, de 27 anos, mora em Trindade e fez sua primeira doação no final de 2018. Após 90 dias de intervalo, recomendado para mulheres, retornou ao Hemocentro. “Vi uma propaganda na TV e resolvi ajudar o próximo. Quero ser uma doadora frequente, vou me ajustar pra vir sempre que puder”, declara a comerciante.

Comunicação Setorial da SES-GO

Daniela Becker (texto) e Erus Jhenner (fotos), da Comunicação Setorial

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