Saúde alerta para riscos de álcool e direção no carnaval
Em todo o País, cerca de 43 mil pessoas morrem anualmente em decorrência dos desastres nas ruas, avenidas e estradas. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, desse total de vítimas, aproximadamente três mil são de Goiás. Os perigos assumem proporção ainda maior no período do carnaval, em função do grande número de pessoas que viajam, pelo uso de bebida alcoólica e das imprudências cometidas pelos motoristas afoitos e alcoolizados, entre as quais, ultrapassagens indevidas e excesso de velocidade.
E é justamente com o propósito de prevenir a ocorrência de acidentes de trânsito que representantes da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) fazem um alerta para a população sobre o perigo da associação de álcool e excesso de velocidade. A coordenadora de Vigilância das Violências e Acidentes da Superintendência de Vigilância em Saúde da SES-GO, Maria de Fátima Rodrigues, aponta a necessidade de os motoristas ficarem atentos para evitar acidentes e mortes. Ela assinala que os casos assumiram ares de epidemia e que é fundamental que o folião se divirta com segurança.
Só nas rodovias federais que cortam o Estado, por exemplo, foram registrados 64 acidentes no feriado prolongado de carnaval em 2017, com 67 feridos e seis mortes. Em 2018, conforme registros da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram notificados 33 desastres nesse período, com 30 pessoas lesionadas e três mortes. Ainda de acordo com a PRF, 96 pessoas foram autuadas por embriaguez e, dessas, 11 foram presas. Os policiais rodoviários federais anotaram ainda cinco mil infrações de trânsito, das quais 440 por ultrapassagens, 194 pelo não uso do cinto de segurança e 4.456 imagens de veículos acima da velocidade.
Maria de Fátima Rodrigues também destaca a importância de as pessoas usarem equipamentos como cinto de segurança no banco dianteiro e traseiro e conduzir as crianças usando o assento adequado para eles (bebê conforto, cadeirinha ou assento de elevação). A legislação determina que crianças de até 11 meses devem ser transportadas em bebê conforto. As de um ano a quatro anos devem usar cadeirinha e as de quatro a sete anos e meio devem usar assento de elevação com o cinto de segurança. Já as que têm de sete anos e meio a dez anos devem viajar no banco traseiro, com uso do cinto de segurança do carro.
As sequelas relacionadas aos acidentes de trânsito são tão graves que o governo brasileiro gasta, todos os anos, cerca de R$ 52 bilhões com assistência à saúde e pagamento de encargos sociais às vítimas de desastres no País. Registros do MS revelam que, só em Goiás, as despesas com internações, realização de exames, pagamentos de auxílios-doença e aposentadorias, entre outros benefícios, superam R$ 2 bilhões.
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Comunicação Setorial SES