Saúde alerta: maioria dos criadouros do Aedes estão dentro das casas

Relatório da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) apresenta os resultados do quarto ciclo do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LirAa), um estudo realizado em todo o Estado para identificar o percentual de imóveis com a presença de larvas do mosquito. A média de infestação de Goiás é de 0,50%, ou seja, a cada 200 imóveis visitados, um apresentou foco do Aedes.

Mesmo considerado satisfatório, conforme parâmetros do Ministério da Saúde, resultado não permite descuido com o combate do vetor transmissor da dengue. Em Goiás, há 42 cidades em estado de alerta, com um índice de infestação que oscila entre 1 e 3,9%. Nenhum município goiano apresenta um LirAa com valor superior a 4%, que aponta risco de epidemia. O estudo é feito pela pasta em conjunto com as cidades a cada três meses.

Os dados, divulgados pela Secretaria do Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) se referem à outubro e novembro, meses de início do período chuvoso. O LirAa mostra maior presença do mosquito transmissor da dengue Zika e chikugunya nos municípios das regiões Sudoeste e Oeste de Goiás. A cidade de Aragarças apresenta o índice mais alto, de 3,8%.

O relatório também chama a atenção para o índice de infestação nas duas regiões mais populosas do Estado. Na Região Metropolitana da capital goiana, os municípios de Goiânia e Aparecida de Goiânia apresentam índices de 1%. Já no Entorno do Distrito Federal, dois municípios têm números preocupantes: Santo Antônio do Descoberto (2,7%) e Novo Gama (1,3%).

Prevenção

Marcello Rosa, da coordenação de Vigilância e Controle Ambiental de Vetores da SES-GO, afirma que apesar da infestação média estar no parâmetro aceitável de 0,5% em todo território goiano, casos pontuais mostram a necessidade de aumento das ações de combate ao mosquito.  Segundo Rosa, gestores municipais devem ficar atentos aos índices de infestação e dar um caminho bem objetivo aos seus programas de controle do Aedes, com sensibilização dos cidadãos, bem como realizar ações de manejo ambiental.

O LirAa indica ainda que os criadouros predominantes (lixo e reservatório de água ao nível do solo) são crônicos, o que reforça a constatação de Rosa sobre da falta de zelo dentro dos imóveis por uma pequena parte da população. Segundo o coordenador, é preciso uma soma de esforços, tanto do poder público, como – e principalmente – da população, para melhorar os índices.

De acordo com o Sistema Integrado de Monitoramento do Aedes Zero da Secretaria de Saúde, até outubro deste ano foram realizadas quase 17 milhões de visitas aos domicílios goianos. Em média, cada imóvel no Estado é visitado a cada dois meses.

Números

Dados divulgados nesta quinta-feira, dia 28, pela SES-GO, mostram que o Estado notificou neste ano 145.581 casos de dengue em todo o território goiano. No mesmo período do ano passado foram registrados 99.305 casos. No Estado já foram confirmadas 69 mortes pela doença e 61 seguem sendo investigadas. No ano passado foram registradas 84 mortes pela doença.

As cidades de Goiânia (34.212), Aparecida de Goiânia (16.730) e Anápolis (13.253) concentram os maiores números de casos da doença. Os maiores coeficientes de incidência de dengue (número de casos por 100 mil habitantes), contudo, são verificados nos municípios de São João D'Aliança, Bom Jardim de Goiás e Edealina. Os dados correspondem à Semana Epidemiológica 47, ou seja, até 23 de novembro.

Mais informações: (62) 3201-3784 / 3201-3816

Comunicação Setorial SES

 

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