Presos suspeitos de envolvimento em vendas de sentenças para facções criminosas
A Polícia Civil apresentou nesta sexta-feira, dia 5, os resultados da Operação Antídoto. Dois homens foram presos suspeitos de envolvimento em esquemas ligados à venda de sentenças para ajudar réus ligados a uma facção criminosa. São eles: o advogado Emerson Thadeu Vita Ferreira e o ex-assessor de juiz na Comarca de Goiânia, Carlos Eduardo Moraes Nunes.
De acordo com as investigações da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), os suspeitos organizavam esquemas para o sumiço de autos processuais, falsificações de assinaturas de servidores do Tribunal de Justiça. Assinaturas de delegados que nem fazem parte do quadro de servidores da Draco também foram falsificadas. O ex-assessor de juiz se aproveitava do cargo de confiança para repassar informações sigilosas ao advogado sobre investigações referentes aos líderes da organização criminosa.
Para o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, as investigações da Draco e o resultado da operação reforçam o compromisso das forças policiais em combater o crime nas mais diversas modalidades. “A facção criminosa envolvida neste esquema atua em todo o Brasil, mas o trabalho da Polícia Civil fez com que Goiás aplicasse um duro golpe contra este grupo. Os policiais da Draco atuaram impecavelmente ao longo das investigações. Vamos continuar reprimindo os criminosos que insistirem em atuar no Estado”, afirmou.
Além das duas prisões, também foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, inclusive nas instalações do Fórum Criminal da Comarca de Goiânia. “Os dois presos ostentavam vidas luxuosas que são incompatíveis com seus rendimentos. Infelizmente, as facções insistem em infiltrar agentes criminosos em diversas esferas dos poderes, mas estamos prontos para enfrentar essa realidade e combater o crime. As investigações terão continuidade e vamos apurar se outras pessoas estão envolvidas”, explicou a delegada Carla de Bem.
Carlos Eduardo foi exonerado do cargo que ocupava no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), no início desta semana. Segundo o delegado Alexandre Bruno, o suspeito negociava decisões em troca de dinheiro. “As investigações nos permitiram ter a certeza que ele fabricava representações com informações falsas e depois negociava tudo por valores bem altos”, destacou.
O advogado Emerson Thadeu possuía ligações diretas com os líderes da facção. Ele teria ainda, de acordo com as investigações, envolvimento com lavagem em dinheiro e ajudado a planejar a fuga de Stephan Souza Vieira, mais conhecido como PH, do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O foragido é apontado como chefe do grupo criminoso em Goiás.
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