Polícia prende falsos fiscais e agentes de segurança

A Polícia Civil prendeu dois suspeitos de integrarem uma associação criminosa, em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia. Eles se passavam por agentes de segurança pública para praticar estelionato contra empresários da cidade. A situação foi descoberta após a denúncia do proprietário de um empreendimento.

Segundo o delegado Miguel Mota, a vítima relatou que um dos suspeitos esteve em sua obra, dizendo ser policial e fiscal ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). “Esse indivíduo usava uma máscara da corporação, tirou algumas fotos e apresentou um documento. Disse que o empreendimento apresentava algumas irregularidades, que isso faria com que a obra fosse embargada e que ele receberia uma multa muito grande”, afirmou.

O suspeito exigiu do empresário o pagamento em espécie da quantia de R$ 4 mil, para que não lavrasse a multa e para que pudesse regularizar a suposta licença ambiental. A vítima, desconfiada, decidiu procurar a polícia e denunciar a situação. “Nós suspeitamos e confirmamos posteriormente, que esse indivíduo não integrava nenhuma força de segurança pública e estava tentando praticar um estelionato contra esse empresário”, explicou.

No decorrer das investigações, a Polícia Civil descobriu que o suspeito fazia parte de uma Organização Não Governamental (ONG) ambiental e se valia dessa condição para praticar os crimes.

“Há indícios de que ele tenha tentado praticar esse estelionato contra outros empresários daqui da cidade, que trabalham com construções. Nós descobrimos também que esse indivíduo não agia sozinho, ele integrava uma associação criminosa”, pontuou.

Nesta quarta-feira, o suspeito voltou ao local da obra, para recolher o valor exigido e foi surpreendido com os policiais, que o abordaram. Ele foi preso em flagrante. Outro suspeito, apontado como o chefe do grupo criminoso, foi detido em casa.

Com a dupla, os policiais apreenderam quantias em dinheiro, documentos, carteiras com identificação de membros da ONG, além de uma farda com feições militares, que era utilizada para tentar induzir as vítimas. Eles deverão responder por associação criminosa e tentativa de estelionato. Outros membros do grupo já foram identificados e também deverão ser indiciados, ao final das investigações.

O delegado fez um alerta e orientou as pessoas que possam ter sido vítimas do golpe, para que denunciem às autoridades competentes. “Esses indivíduos de ONGs não tem nenhum poder de polícia, não tem poder de fiscalização e sequer podem entrar no estabelecimento sem a autorização do proprietário. Caso alguém tenha sofrido alguma tentativa de estelionato por parte desses indivíduos, tome a mesma atitude que essa vítima, que nós tomaremos as devidas providências, se for o caso até com a prisão em flagrante, como ocorreu nesse caso”, concluiu.
 
Comunicação Setorial da SSP

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