Operação Mais Respeito: 35 são presos por violência doméstica

A Polícia Civil de Goiás realizou, durante a última semana, a Operação Mais Respeito, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. A operação visou não apenas a repressão aos crimes de violência doméstica, mas também a prevenção, sendo desencadeada em todo o Estado, mobilizando 143 policiais civis e 49 viaturas.

Durante a operação, foram realizados mutirões de atendimento e serviços nas Delegacias da Mulher, que resultaram em: 423 fiscalizações de cumprimento de medidas protetivas de urgência; 2.384 intimações; 2.444 oitivas realizadas; 35 pessoas presas, entre mandados de prisão cumpridos e prisões em flagrante; 06 mandados de busca e apreensão; 1.002 inquéritos policias concluídos. Também foram realizadas 22 palestras em escolas.

A apresentação do resultado da operação foi feita na tarde dessa segunda-feira (09), na Escola Superior da Polícia Civil. Após a apresentação, a primeira-dama do Estado, Gracinha Caiado, proferiu palestra sobre o papel da mulher na atualidade. E recebeu em sua homenagem uma camiseta da Polícia Civil.

Durante o evento, as mulheres policiais civis também receberam serviços de saúde oferecidos pela Divisão de Proteção à Saúde do Servidor (DPSS), maquiagem, aferição de pressão, entre outros.

Respondendo à imprensa, a delegada Paula Meotti, titular da 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Goiânia (Deam) informou que a Polícia de Goiás, hoje, tem a preocupação de aumentar o número de solicitações de medidas protetivas de urgência, mas também priorizar quando a vítima chega na delegacia pra registrar a ocorrência. “Nestes casos, as medidas protetivas são imediatamente oferecidas à mulher e, somente caso ela não queira, colocamos isso na ocorrência de maneira expressa”, explica.

“Percebemos que essa solicitação de medida protetiva  diminuí, proporcionalmente, o número de feminicídio. Por exemplo, nenhuma mulher, em Goiânia, que obteve medidas protetivas de urgência veio a óbito. Já as vítimas de feminicídio, no caso, não tinham registrado medidas protetivas”, disse a delegada, concluindo que “estatisticamente, podemos afirmar, sem dúvida, que as mulheres estarão muito mais protegidas se solicitarem medidas protetivas. No Estado, por exemplo, visitamos mais de 400 mulheres que contavam esse suporte.”

O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, que discursou durante o evento, lembrou que, quando se trata de feminicídio, os números precisam ser analisados de maneira diferente. “Para o feminicídio, há um cuidado maior, um preparo na investigação para a sua definição. Temos que analisar crimes correlacionados, que estão, inclusive, com números disponíveis no site da secretaria. Esses número mostram que a mulher está cada dia mais confiante em procurar o aparato da polícia por que confia no trabalho. Não só a polícia, mas o judiciário, o governo, o Ministério Público e a sociedade de modo geral”, pontuou.

Para o chefe da pasta da segurança, as mulheres estão cada dia mais encorajadas a denunciar e o governo cada dia mais determinado em buscar a punição. Ainda sobre feminicídio, Rodney reiterou que se trata de um crime “difícil se prevenir, pois em regra, é feito dentro da inviolabilidade do lar, que não esta acessível à visão da polícia, que só entra quando fica sabendo do crime”. Porém, o secretário garantiu que é preciso conscientizar a todos de que no século 21 não se pode mais aceitar isso. “Não vamos desanimar em tentar impedir os crimes ou reprimir os responsáveis pelos delitos já cometidos.”

A primeira-dama e presidente de honra da OVG, Gracinha Caiado, que também esteve presente durante a apresentação de resultados da Operação, afirmou que o Governo está tendo a preocupação em combater o feminicídio e a violência contra a mulher. “Iremos continuar estabelecendo metas e melhorar a cada dia para diminuir todos os números e chegar a zero. O Estado de Goiás e o povo de Goiás já não permitirá mais isso”, assegurou.

Comunicação Polícia Civil

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