HGG realiza 18º transplante de fígado

O dia 22 de setembro de 2020 jamais será esquecido pela família de Gelcimar Galdino de Oliveira, profissional autônomo de 60 anos e morador de Goiânia. Foi nessa data que ele foi comunicado pela equipe do Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) sobre a disponibilização de um fígado para que o tão esperado transplante fosse realizado. A boa notícia chegou por telefone, logo pela manhã, quando ele estava em casa, com a esposa.

"Foi uma emoção muito grande, porque estou à espera desse transplante desde que descobri que estava com cirrose hepática. Já são dois anos em tratamento na busca por esse órgão, que mudará a minha vida a partir de agora", comentou Gelcimar enquanto aguardava pela cirurgia na unidade do Governo de Goiás.

Para Gelcimar, esse não é apenas um procedimento que ajudará a recuperar a saúde, mas trará de volta toda a sua qualidade de vida. "Esse transplante significa muito pra mim. Eu tinha uma vida absolutamente normal, e de repente notei que a minha barriga começou a crescer, que me sentia mal ao comer certas coisas. Por isso, busquei ajuda médica. Logo no início,  identificaram um problema hepático. Depois de todos os exames e tratamento, me encaminharam para a fila do transplante", conta o paciente.

Enquanto se preparava para o procedimento, Gelcimar sonhava com a vida após o transplante. "Tudo o que eu mais queria era esse transplante. Graças a Deus, hoje ele será realizado. Sinto falta de muitas coisas que a doença me impede de fazer hoje, uma delas é comer certos tipos de comida".

Macarronada

Indagado sobre o que gostaria de saborear assim que se recuperar da cirurgia, ele diz que quer comer uma bela macarronada com bastante queijo, feita pela esposa que, segundo ele, é cozinheira de mão cheia. "Esse problema que desenvolvi no fígado me impede de comer algumas coisas, por isso, nessa nova fase da minha vida, quero aproveitar esses pequenos momentos em família, com minha esposa, meus filhos e meu netinho, de 1 ano", planeja.

Apesar de não ser de uma família ligada à religião, Gelcimar diz que, com a notícia do transplante, uma corrente de oração se formou entre amigos e familiares. "Numa hora como essa, não podemos nos esquecer de ter fé. Apesar de não sermos muito religiosos, nesse momento, muitas pessoas estão pedindo a Deus por mim. Isso ajuda a dar força".

Ele também fez questão de falar sobre a importância da doação de órgãos, que até então era algo que nunca lhe havia ocorrido. "Eu confesso que até precisar fazer o transplante, nunca tinha parado para pensar sobre doar órgãos. A gente nunca pensa que vai acontecer, mas, de repente, podemos estar na fila à espera de um doador. Se eu pudesse, também seria doador de órgãos após minha partida. Hoje enxergo a importância desse gesto. A doação de um desconhecido e a liberação da doação pela família dessa pessoa estão me dando agora uma chance de viver", destaca.

Realizado às vésperas da comemoração do Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado no domingo, 27, esse foi o 18º transplante de fígado realizado no HGG, que oferece o serviço desde julho de 2018. Liderado pelo médico Claudemiro Quireze Júnior, responsável técnico pelo programa de transplante hepático do HGG, o procedimento foi considerado um sucesso. Ao todo, 14 profissionais atuaram, simultaneamente, na cirurgia, entre médicos, anestesistas, residentes, enfermeiros e técnicos em enfermagem.

Mais de 500 transplantes

Neste mês de setembro, o Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG), única unidade de saúde de Goiás a fazer transplantes hepáticos, ultrapassou a marca de mais de 500 procedimentos realizados no hospital. Mesmo com a pandemia da Covid-19, o hospital fechou o primeiro semestre de 2020 com um crescimento de 20% na realização de transplantes de rim e de fígado. O procedimento realizado no dia 22 de setembro foi o de número 511.

O diretor-técnico do HGG, Durval Pedroso, ressalta que o hospital é o maior centro transplantador de órgãos sólidos de Goiás, além de ter realizado o primeiro transplante de fígado no Estado. "É uma satisfação muito grande para a unidade ser referência em transplantes. O apoio da Secretaria de Estado da Saúde e da Central de Transplantes de Goiás é fundamental para que o hospital desenvolva este trabalho. Ultrapassar a marca dos 500 transplantes e pensar que foram 500 vidas modificadas em qualidade e perspectivas é um marco a ser comemorado não só pelo HGG, mas também por todos do Estado de Goiás."

Fotos: Lucas Dellamare

Comunicação Setorial da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO)

Banner Mobile

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo