O Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta (HDS), unidade do Governo de Goiás, tem como perfil de atendimento nos seus diversos serviços, majoritariamente, pacientes já idosos e com doenças crônicas, os quais fazem parte do grupo de risco para casos graves de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Para que haja continuidade no atendimento, com a suspensão da maior parte dos atendimentos presenciais em razão de decreto estadual, o HDS adotou novas tecnologias para manter, ainda que parcialmente, a assistência às necessidades desses pacientes neste momento.

Os atendimentos a distância estão sendo feitos pelos médicos das áreas de psiquiatria, endocrinologia, oftalmologia, geriatria, cardiologia e dermatologia e ainda pelos profissionais de educação física, fonoaudiologia, fisioterapia, psicologia, serviço social, terapia ocupacional, nutrição e enfermagem, que utilizam recursos tecnológicos de comunicação para teleatendimentos, teleconsultas e/ou telemonitoramentos dos pacientes de forma individual.

Essa modalidade de atendimento (de forma não presencial), utilizando recursos tecnológicos e mídias sociais, são realizadas de acordo com as recomendações dos Conselhos de Classe de cada categoria profissional, que autoriza que os profissionais deem continuidade aos processos terapêuticos já iniciados. No caso de médicos, eles têm atuado principalmente para permitir que pacientes crônicos mantenham utilização de medicamentos de uso contínuo. Os demais terapeutas, em suas especificidades, realizam orientações ou atendimentos de terapias já iniciadas.

Continuidade ao tratamento

Para a supervisora de Reabilitação Psicossocial do HDS, Cledma Pereira Ludovico de Almeida, o teleatendimento foi uma alternativa muito positiva, tanto para a equipe técnica quanto para os pacientes. “Para a equipe técnica, porque foi possível dar continuidade ao tratamento que já era desenvolvido no HDS, e para os pacientes, porque eles tiveram a oportunidade de continuar sendo cuidados, diminuindo os prejuízos do isolamento social. Outro fator positivo foi que a maioria dos pacientes se interessaram pelas tecnologias necessárias para o desenvolvimento das atividades que são propostas, tornando-os mais acessíveis tecnologicamente”, acrescentou.

O distanciamento social tem sido um recurso imprescindível para a mitigação da transmissão do novo coronavírus, causador dessa pandemia, iniciada no final do ano de 2019 na China e presente hoje em todo o mundo. Esse distanciamento é fundamental para diminuir o número de casos de covid-19 num curto espaço de tempo, e, para assim, permitir que os serviços de saúde tenham condições de atender a todos e salvar vidas. A preocupação de manter, por meio do teleatendimento a assistência não presencial aos pacientes crônicos, também contribui para reduzir complicações futuras para essas pessoas.

Atendimentos a distância no HDS
Teleatendimento:

Contato realizado pela equipe de apoio e pelo serviço social do HDS, para informar os pacientes em tratamento sobre as rotinas e as novas políticas públicas.

Teleconsulta: 

Modalidade de consulta realizada a distância, pelos profissionais da fonoaudiologia, psicologia e enfermagem, com o auxílio da tecnologia. Considerando a interação entre as partes envolvidas. A teleconsulta pode utilizar métodos que indicam um atendimento imediato, com perguntas sendo feitas e respondidas em tempo real, utilizando software, aplicativo ou plataforma que permita a realização de chamadas em vídeo, áudio ou troca de mensagens instantâneas. Ou, ainda, atendimentos em horários diferentes, por meio de tecnologia que permita o envio de questões e respostas em algumas horas ou dias.

Telemonitoramento: 

Acompanhamento a distância de pacientes atendidos previamente de forma presencial, por meio de aparelhos tecnológicos. Nessa modalidade, o educador físico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, nutricionista e médicos podem utilizar métodos que indica um atendimento imediato, com perguntas sendo feitas e respondidas também em tempo real, se necessário, ou por meio do envio de questões e respostas, em algumas horas ou dias.

Teleinterconsulta:

Exclusivamente para troca de informações e opiniões entre médicos, para auxílio diagnóstico ou terapêutico.

Colônia Santa Marta

Fundada em 1943, a Colônia Santa Marta, localizada em Goiânia, era uma instituição criada pelo Governo de Goiás para o isolamento e tratamento de pessoas acometidas pela hanseníase. Na época, o local era conhecido como leprosário.

Em consequência da nova política de atenção aos portadores de hanseníase, e de diretrizes nacionais de desospitalização para estes pacientes, a Colônia Santa Marta foi transformada em Hospital Estadual de Dermatologia Sanitária e Reabilitação Santa Marta (HDS Santa Marta).

A Associação Goiana de Integralização e Reabilitação (Agir) é a responsável pela gestão do hospital, que, atualmente, é uma unidade de atendimento ambulatorial e hospitalar de média complexidade, com objetivo de prestar assistência gratuita aos usuários do SUS. A unidade oferece também atendimento aos ex-pacientes da extinta Colônia Santa Marta.
 
 

Banner Mobile

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo