O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), promove nesta terça-feira, 22, a live "Prevenção ao suicídio: quebrando o silêncio e buscando desenvolver a habilidade de ser feliz". O evento, organizado pela Coordenação de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva), da SES-GO, é gratuito e aberto ao público, em especial, aos profissionais de saúde. A transmissão começa às 14 horas, por meio do link https://meet.google.com/jnv-pfdc-reg.

Entre os palestrantes estão Gustavo Arns, idealizador do Congresso de Felicidades; Beatriz Montenegro, psicóloga e doutora em psicologia clínica e cultura; Marta Maria Alves da Silva, médica, mestre em saúde coletiva e técnica do núcleo de Vigilância às Violências e Promoção da Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia; e Maria de Fátima Rodrigues, coordenadora do Viva da SES-GO.

“É preciso falar sobre o suicídio para incentivar o agir e o prevenir. Ao falar sobre o assunto, estamos dizendo que há como buscar ajuda e que essas pessoas que estão em sofrimento profundo, desanimadas com a vida, com medo e ansiedade, precisam falar desses sentimentos de dor para alguém, seja um familiar, amigo ou profissional da saúde”, destaca Maria de Fátima Rodrigues.

Ela destaca ainda que as atividades de prevenção devem ser subsidiadas pelas evidências, que são os dados estatísticos, fornecidos pelas vigilâncias epidemiológicas. “Precisamos saber quem são as pessoas mais vulneráveis ao risco, para intervir de forma adequada”, ressalta.  

Panorama

No mundo, mais de 800 mil pessoas tiram a vida, anualmente. É a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. No Brasil, 12.733 pessoas tiraram suas próprias vidas, no ano de 2018 – é a quarta maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

A mortalidade por suicídio entre a população brasileira é de 6 pessoas para cada 100 mil habitantes. Nos homens, é também a quarta maior causa de morte e nas mulheres é a sétima maior causa de morte.

Em Goiás, o cenário não é muito diferente. Em 2018, foram  499  óbitos por suicídio, uma proporcionalidade de 7 pessoas para cada 100 mil habitantes. “Observamos um aumento de 47% nos óbitos por suicídio, em Goiás, comparando o ano de 2011 para 2018”, observa a coordenadora do Viva Goiás.

Boletim Epidemiológico

Os dados estaduais estão publicados no Boletim Epidemiológico “Comportamento suicida: o perfil das lesões autoprovocadas no Estado de Goiás​”. O objetivo do documento é divulgar os dados epidemiológicos sobre as automutilações e tentativas de suicídio, com vistas a promover a reflexão sobre esse fenômeno e favorecer a implementação de ações a serem desenvolvidas para prevenir ou interromper essa violência autoprovocada.

Quando analisadas as violências autoprovocadas registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), em Goiás é observado que as mulheres foram a grande maioria das vítimas (76%) no período estudado, de 2010 a 2019. A ocorrência se concentrou na faixa etária adulto jovem, de 20 a 39 anos, em 48% dos casos. Já as pessoas com idade entre 10 e 19 ocupam a segunda posição, com 33% dos casos entre adolescentes meninas, e 24% entre meninos.

A grande maioria das vítimas de lesão autoprovocada, 84%, tentaram contra sua vida na própria residência. Chama a atenção as agressões com caráter repetitivo, demonstrando que 36% pessoas se autoagrediram mais de uma vez. “O suicídio é um indicador de mortes evitáveis, por isso é necessário incentivar políticas de promoção à saúde e prevenção ao suicídio, fortalecendo a rede de atenção às vítimas de violências autoprovocadas”, orienta Maria de Fátima Rodrigues.

Serviço:
Prevenção ao suicídio: quebrando o silêncio e buscando desenvolver a habilidade de ser feliz
Data: Terça-feira, 22 de setembro de 2020
Horário: Às 14 horas
Local: https://meet.google.com/jnv-pfdc-reg

Comunicação Secretaria da Saúde