Estruturação antecipada da Saúde vai permitir flexibilização, diz Caiado
A preparação do Estado de Goiás para o combate ao novo coronavírus foi destaque na live do governador Ronaldo Caiado nesta terça-feira, dia 7. “Estamos no nível 2 mas seguindo Plano de Contingência do Coronavírus como se estivéssemos no nível 4”, ressaltou Caiado, explicando que, graças às medidas restritivas tomadas desde o início da epidemia no Brasil, e aos investimentos realizados na estrutura de saúde de Goiás, o Estado está preparado para começar a flexibilizar a partir do dia 19 de abril, data de validade do decreto estadual em vigor.
O ranking citado pelo govenador serve para medir o número de casos confirmados da doença e para exigir do poder público ações para facilitar o atendimento aos pacientes com Covid-19 e a criação de leitos de internação tanto em hospitais públicos como privados.
Essa antecipação do Governo de Goiás é primordial para permitir o atendimento correto dos pacientes infectados, seguindo os protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o governador, com o isolamento social o Estado está conseguindo alongar a curva de infectados, o que permite que o governo consiga trabalhar na ampliação de leitos e estruturar as unidades de saúde para garantir atendimento a todos os que precisarem. “Graças a Deus estamos no nível 2 e isso nos dá essa margem”, exaltou Caiado.
O governador fez questão de agradecer toda equipe da área de saúde e o trabalho do secretário da pasta, Ismael Alexandrino. “Estão nessa frente de luta, fazendo com que as pessoas tenham condições de continuar a viver diante desse quadro que tem assustado o mundo todo”, destacou.
O plano de contingência prevê no nível 1 a confirmação de até 100 casos da doença e 10 leitos de enfermaria e 10 de UTI em isolamento nos hospitais estaduais. O nível 2 prevê entre 100 e 500 casos confirmados do coronavírus e a quantidade de 20 leitos de enfermaria e 10 de UTI, todos também em isolamento, em 10 hospitais no Estado, entre públicos e privados. Já a fase 3 prevê mais de 500 casos da Covid-19 e a estrutura da saúde pública e privada deve somar mais de 50 leitos de UTIs, novos leitos em enfermaria e início da suspensão de cirurgias eletivas.
Já o nível 4, o último, prevê a confirmação de mais de mil casos e permite que o Estado declare situação de emergência, a suspensão de cirurgias eletivas e também de eventos com aglomerações. Tudo já cumprido desde o mês passado. Nesse patamar, é preciso ampliar ainda mais os leitos disponíveis para o atendimento. Mas, em Goiás, o governo estadual, já inaugurou o Hospital de Campanha de Goiânia, que tem mais de 200 leitos de internação. Além disso, soma à rede, a Maternidade Oeste e o novo Hospital das Clínicas, que será estruturado. O Governo Federal também já iniciou a construção de um hospital de campanha em Águas Lindas, no Entorno de Brasília.
E mais outras seis unidades estão sendo preparadas nos municípios de Itumbiara, Jataí, Anápolis, Formosa, Luziânia e em Porangatu, esta última em parceria com a Prefeitura da cidade.
Goiás lidera ranking de isolamento social
Para que a situação do Estado não chegue a níveis críticos, é necessário que a população faça sua parte e cumpra os decretos do Governo Estadual. O isolamento social é fundamental para barrar a contaminação e o alastramento do coronavírus. Os goianos compreenderam a importância do isolamento social e Goiás lidera o ranking dos Estados da Federação em que a população mais atende o pedido de privação social.
De acordo com o governador, em Goiás o nível de privação é 66,4%. “É o Estado que ainda se mantém em primeiro lugar no isolamento social e isso faz com que mantenhamos o crescimento da curva de pessoas contaminadas pelo vírus da Covid-19 em uma faixa e tendência que é suportada pelos hospitais e vagas de UTI que temos. Meus agradecimentos a toda a população do Estado de Goiás”, afirmou.
Só que esse mesmo mapa, explicou o governador, mostra municípios em que a situação não é favorável. A capital e cidades no Entorno do Distrito Federal mostram quedas nos índices. “Por exemplo, Goiânia nos preocupa porque esse índice está caindo, estava com 53%. E se ela chegar a 50%, a chance de liberar [o comércio] aqui diminui. Aumentar a movimentação, amplia o risco de contaminação com coronavírus”, alertou Caiado.
E, quando isso ocorre, afirmou o governador, é preciso ser mais rigoroso para que não haja um crescimento vertical da contaminação. São esses índices alguns dos fatores que são analisados para permitir a liberação do comércio. “A região que tem uma boa performance de isolamento, aí você vai gradualmente liberando (o comércio)”, finalizou o governador.
Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás