Dgap avança com testagens na população carcerária

A Diretoria- Geral de Administração Penitenciária (Dgap), por meio do Comitê de Gerenciamento de Crise no enfrentamento contra a Covid-19, instituído pelo órgão para ações e estratégias no controle da contaminação no sistema penitenciário goiano, já realizou uma média de 412 testes para a doença, entre a população carcerária do Estado, com dados atualizados na manhã dessa segunda-feira, 29/06.  

Os trabalhos da testagem em massa começaram no último dia 12/06 e priorizam inicialmente as unidades prisionais de municípios onde os índices da doença em Goiás estão maiores. Equipes de saúde da Gerência de Assistência Biopsicossocial da Dgap se deslocam pelo interior goiano, onde parcerias com prefeituras também estão sendo realizadas no envolvimento das secretarias municipais de Saúde. Os testes foram disponibilizados pelo Departamento Penitenciário Nacional do Ministério da Justiça.

De acordo com o Gerente de Assistência Biopsicossocial, Sandro Souza e Silva, a estratégia planejada adotada pelo Comitê tem como prioridade identificar rapidamente possíveis suspeitos, bem aplicar protocolos para evitar a entrada no sistema prisional de novos presos com a doença. Para tanto, dezenas de ações (relação na sequencia dessa matéria) foram tomadas e estão sendo executadas.  Entre elas, a testagem de rastreio e a busca ativa de possíveis infectados assintomáticos pelo coronavirus.  “Dessa maneira, há uma maior eficiência no controle da contaminação entre os custodiados”, explica ele.

Para o diretor-geral de Administração Penitenciária, coronel Agnaldo Augusto da Cruz, o planejamento tem sido reavaliado constantemente assim como o monitoramento dos casos.  Um grupo de trabalho integrante do Comitê, presidido pelo coronel Augusto, realiza reuniões permanentemente para diagnósticos das ações tomadas e encaminhamentos de novas iniciativas.

“Desde o início da pandemia em Goiás, nossos esforços estão na manutenção da saúde dos servidores penitenciários e da população carcerária. Para tanto, temos tomado uma série de providências alinhadas com o Governo do Estado e Secretaria de Segurança Pública.  Não temos descansado e a atenção nesse trabalho são prioridades desta administração, bem como a manutenção da ordem e disciplina nas unidades prisionais”, esclarece.    

O boletim com o quadro de casos Covid-19 entre a população carcerária e servidores penitenciários é divulgado pela Dgap todos os dias, pela manhã, nas redes sociais e site da instituição, além de envio aos grupos de comunicação institucionais por aplicativo de celular aos servidores coordenadores das 09 regionais prisionais, gerentes, superintendentes e diretores de unidades prisionais, além de grupos de trabalho da saúde penitenciária, criado pela Dgap, no qual participam também representantes do Ministério Público e Secretaria de Saúde do Estado.

Ações principais

Para enfrentamento ao coronavírus no sistema penitenciário goiano, a Dgap desenvolve, entre ações principais:

1. A criação de um Comitê de Gerenciamento da Crise sobre coronavírus no sistema prisional, logo no início da pandemia em Goiás, o que refletiu na rapidez de ações enérgicas preventivas e proativas eficientes para o controle da doença. O comitê se reúne constantemente para avaliações e tomada de novas decisões conforme o quadro da doença afim de garantir soluções rápidas e análise constante da realidade da doença no sistema;

2. A suspensão das visitas, de atendimentos presenciais de advogados, de atividades de trabalho e assistenciais de trabalho e religiosas. Neste caso, para o cumprimento da adequada assistência jurídica, foram instalados interfones em unidades prisionais para facilitar o contato entre advogado e cliente, em parceria com a OAB-GO, além de mecanismos de videoconferências entre juízes e presos para continuidade dos processos;

3. A utilização da Casa do Albergado e da Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto como “unidades de triagem” para os presos que ingressarão no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia; Nesta ação, todo preso encaminhado pelas Polícias Civil ou Militar só ingressam nas unidades que compõem o Complexo Prisional de Aparecida de Goiás, após passarem por um período de quarentena em um desses dois estabelecimentos penais.

4. A aquisição, com recursos próprios e a parceiros, de EPIs para o contato dos servidores com os presos; de produtos destinados a higiene pessoal e desinfecção de ambientes prisionais. Além disso, a produção de máscaras em unidades prisionais com utilização de mão de obra carcerária. Sobre EPIs, a DGAP iniciou novas instruções de processos para novas aquisições;

5. A distribuição de máscaras aos custodiados que laboram nas unidades prisionais ou que tenham que deixar a Unidade por algum motivo;

6. Todas as Unidades do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, receberam remessa de medicações para extermínio de parasitas prejudiciais à saúde; As regionais receberam também produtos para desinfecção de ambientes;

7. A realização de adaptações da Colônia Agrícola do Regime Semiaberto, o que propiciou a uma unidade básica de saúde para aprimorar a triagem de presos que serão inseridos no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

8. A promoção de palestras a respeito dos procedimentos de prevenção e combate ao Coronavírus e treinamentos sobre a utilização dos Equipamentos de Proteção Individual- EPI a servidores. Além disso, vídeos e cards e áudios produzidos pela instituição compõem a campanha educativa para servidores publicada em redes sociais e site do órgão;

9. A aquisição de pulverizadores e insumos (desinfetante a base de quaternário de amônio) com os quais foi realizada a desinfecção das Unidades Prisionais do Estado (carceragens áreas administrativas, e embalagens dos produtos levados por familiares aos presos) e demais departamentos que integram a DGAP;

10. A desinfecção de viaturas vem sendo realizada sempre que conduz preso com alguma suspeita de contaminação;

11. Testagem de servidores e de presos de todo o Estado (planejamento em execução);

12. Divulgação de boletim diário sobre a atualização do quadro da doença no sistema prisional entre servidores e presos, nas redes sociais e site da Dgap; entre outras ações.

Foto: Dgap
Comunicação Diretoria-Geral de Administração Penitenciária

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