Sua empresa possui veículos? Modelo para chip de carro será revelado hoje


Nos bastidores, três cidades estão na corrida para serem as pioneiras: São Paulo, Rio e Brasília
A instalação dos chips de identificação de veículos deve finalmente sair do papel. Hoje, o governo federal apresenta para prefeitos e representantes dos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) a tecnologia que terá de ser adotada em todo o território nacional até novembro de 2011.

O presidente do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Alfredo Peres, diz que, com essa divulgação, não haverá mais desculpas para os municípios não se adaptarem ao Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav). Nos bastidores, três cidades estão na corrida para serem as pioneiras: São Paulo, Rio e Brasília. A capital paulista fez há dois anos um convênio com o Detran para acelerar a adoção do sistema.

A Prefeitura deposita no chip a esperança de revolucionar o trânsito na cidade e reduzir drasticamente os congestionamentos, com a retirada de circulação dos veículos irregulares – 30% da frota de 6,5 milhões. O chip será instalado na dianteira do veículo e trocará informações com antenas. Os dados serão enviados para uma central e, quando um veículo irregular ou sem chip passar pelo “portal”, será imediatamente identificado. Em suma, funcionará como uma placa eletrônica.

Trará todas as informações sobre o veículo: licenciamento, multas, IPVA, inspeção veicular. Além desses dados, o município poderá atribuir outras funções. No caso de São Paulo, fiscalizar o rodízio de veículos, por exemplo. Metade da capacidade do chip será usada para armazenar informações públicas e a outra metade poderá ser “explorada” pela iniciativa privada. Empresas de estacionamento podem usá-lo para controlar o acesso e fazer cobrança por cartão de crédito.

Coordenador de Planejamento Normativo e Estratégico do Denatran quando a resolução do Siniav entrou em vigor, Mauro Mazzamatti diz que a instalação dos chips vai ajudar na gestão do trânsito e na segurança pública, identificando veículos roubados e clonados.

Será possível controlar o limite de velocidade nas estradas por trecho, e não pontualmente – como é feito hoje com os radares. “É também uma ferramenta que facilita a fiscalização e viabiliza o pedágio urbano.” O engenheiro Dario Thorbe, do Centro de Pesquisas Avançadas Wernher von Braun, que desenvolveu o sistema para o governo federal, garante que os dados serão restritos ao governo.

O presidente da Comissão de Trânsito da OAB-SP, Cyro Vidal, não vê ilegalidade no chip. “Mas é uma forma de o Estado estabelecer controle sobre o cidadão.”.

Revista Incorporativa

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