Corredor exclusivo resolve trânsito em eixos.


Especialistas são unânimes sobre necessidade de pistas específicas para ônibus para acabar com congestionamentos nas avenidas da capital.

Os corredores preferenciais para ônibus do transporte coletivo que estão sendo instalados nas Avenidas
T-7 e T-9, em Goiânia, são apenas medidas paliativas, que devem proporcionar um alívio imediato nos problemas de congestionamento do trânsito em horários de pico, mas apenas temporário. A solução definitiva é a criação de corredores exclusivos – onde os veículos de passeio não podem trafegar, salvo em casos especiais, sob pena de multa. Essa é a opinião de especialistas em trânsito e transportes ouvidos pelo POPULAR.

Até o titular da Agência Municipal de Trânsito (AMT), Miguel Tiago, aponta a instalação de corredores exclusivos para ônibus como o ideal para os principais eixos de Goiânia, não apenas a T-7 e a T-9, mas também as Avenidas 85 e T-63. “Esta é a proposta que poderia resolver, mas isso depende de grandes investimentos, portanto, é um projeto de médio a longo prazo”, diz Tiago. “Neste momento, o que temos a fazer é trabalhar com as armas que estão ao nosso alcance”, acrescenta.

As ferramentas a que se refere o presidente da AMT são a proibição do estacionamento de veículos ao longo desses eixos, proibição de conversões à esquerda e eliminação de semáforos de três tempos. “Estamos trabalhando no desentupimento da artéria, mas precisamos avançar”, reconhece Miguel Tiago.

Ele disse não dispor de cálculos sobre os custos de instalação de corredores exclusivos, alegando que sua implantação cabe à Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC). Já opresidente da CMTC, Marcos Massad, em entrevista ao Face a Face – espaço interativo do POPULAR em que os leitores fazem perguntas pela rede Facebook –, no último dia 1º de maio, calculou que cada quilômetro de corredor exclusivo custa em torno de R$ 2 milhões.

O prefeito Paulo Garcia e o governador Alcides Rodrigues devem anunciar na terça-feira um pacote de medidas para melhorar o transporte, que se compõe, basicamente, de intervenções no trânsito.

  Carla Borges- O POPULAR//

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