Gestores de Educação de Trindade são premiados no Projeto Ressignificar

Com quatro gestores entre as 10 primeiras colocações, a Coordenação Regional de Educação foi destaque nos resultados do Projeto Ressignificar. Responsável por avaliar o desempenho dos diretores da Rede Estadual de Educação, o projeto teve os resultados divulgados no fim do ano passado e resultou na premiação dos gestores que somaram mais de 90 pontos na avaliação geral.

Entre os diretores que atingiram excelência na gestão está Lucas Henrique Coelho, do Colégio Estadual Padre Pelágio. Responsável por administrar a unidade escolar desde 2015, Lucas conta que o maior desafio enfrentado pelos diretores escolares no último ano foi distanciamento, imposto pela Covid-19. “Tivemos que nos reinventar em nossas funções, repensar a forma de ensinar e de contribuir para a comunidade escolar”, relata o diretor.

O mesmo sentimento é relatado por Keila Bezerra de Abreu Oliveira, diretora da Escola Estadual 16 de julho. Na gestão da unidade escolar a seis anos, Keila afirma que a suspensão das aulas presenciais na rede estadual exigiu que ela fosse capaz de se adaptar ao novo.

“Foi preciso reaprender a trabalhar não só com os alunos, mas também com a equipe da escola”, conta a gestora, que considera que a formação continuada e a assessoria da CRE de Trindade foram essenciais para que a gestão da escola atingisse bons resultados.

Apoio da CRE

A coordenadora regional de Educação de Trindade, Celma Maria Aguiar de Souza, conta que a relação entre a CRE e as escolas foi sempre pautada pela parceria e pela busca dos melhores resultados. De acordo com ela, ao longo de todo o regime especial de aulas não presenciais (REANP), “as equipes estavam comprometidas em repassar sugestões aos gestores, buscando por melhorias e ações que estivessem em sintonia com a regional”.

Essa parceria foi reforçada as ações de busca ativa aos estudantes, momento em que as CREs e as escolas atuaram juntas na recuperação dos alunos ausentes. Para a gestora da Escola Estadual 16 de julho, nesse momento “a CRE foi fundamental para o andamento do trabalho, sempre dando sugestões e orientações”.

Reconhecimento

“É sempre muito bom ser reconhecido, mas eu compartilho esse reconhecimento e essa colocação com os servidores administrativos, professores, coordenadores e secretária do colégio que tiveram a mesma preocupação com os alunos que eu tive e vestiram a camisa da educação”, afirma o diretor Lucas Henrique ao ser questionado sobre o sentimento de estar entre os primeiros colocados no ranking dos diretores.

Assim como o gestor do Colégio Estadual Padre Pelágio, Neli Matias dos Santos, que está em seu 8º mandato como gestor do Colégio Estadual de Posselândia, afirma que outros atores foram essenciais para que ele obtivesse os 90 pontos na Avaliação de Desempenho dos Diretores da Rede Estadual de Ensino de Goiás 2019/2020. 

Segundo Neli Matias, um conjunto de fatores foi necessário para que ele atingisse a excelência em sua gestão. “Dentre eles eu destacaria a ação dos colegas colaboradores, que desempenham com muito amor e profissionalismo suas funções”, conta.

Para diretora Keila Bezerra, essa contribuição por parte dos colegas ocorre muitas vezes de forma indireta como, por exemplo, ao ser questionada pelos demais profissionais sobre a resolução das demandas. Para ela, essa busca por soluções a tem feito com que ela esteja sempre buscando por melhorias.

“Estamos colhendo os frutos de tudo aquilo que foi plantado, e em parceria, porque esse mérito não é só meu”, conclui a gestora.

Projeto Ressignificar

Anualmente, os gestores das escolas estaduais são avaliados com base em cinco dimensões: estrutural, relacionado à conservação do patrimônio escolar; administrativa, relacionado as inserções de dados nos sistemas da Seduc; financeira; ligado à prestação de contas do repasses financeiros; comunitária, vinculado a participação da comunidade na unidade escolar; e pedagógica, que avalia o cumprimento do calendário escolar, o desempenho nas provas do Saego e as taxas de aprovação.

Na edição 2019/2020, em razão da pandemia de Covid-19 e da consequente suspensão das aulas presenciais, os avaliadores decidiram alterar alguns dos critérios de avaliação. Com os servidores em teletrabalho e estudantes em regime especial de aulas não presenciais, não foi possível considerar, por exemplo, a participação da comunidade na unidade escolar. Por essa razão, os 10% correspondentes ao eixo comunitário foram aplicados a todos os avaliados.

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