Agrodefesa identifica e combate praga do pequeno besouro em São Simão

A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), órgão do Governo de Goiás, identificou recentemente a primeira ocorrência da praga conhecida como Pequeno Besouro das Colmeias  (PCB) (Aethina tumida) em apiários no município de São Simão. Uma equipe integrada por três médicos veterinários, fiscais estaduais agropecuários da Gerência de Sanidade Animal e da Unidade Local de Caçu da Agrodefesa estiveram no local e contabilizaram seis colmeias afetadas pela praga que, até então, não havia chegado a Goiás. A equipe coletou larvas e besouros e encaminhou para análise no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, em Goiânia, que confirmou a presença da praga em território goiano.

O Pequeno Besouro das Colmeias foi identificado no Brasil em 2016. É originário da África e chegou ao Brasil proveniente dos Estados Unidos. A praga tem potencial para causar grandes prejuízos aos apicultores, especialmente pelas larvas que se alimentam das larvas das abelhas e do pólen, perfurando também as células de mel ao movimentar-se, causando fermentação do mel e pólen, que se tornam impróprios para consumo humano. O besouro pode viver na natureza e sobreviver até duas semanas sem comer e voar até13 quilômetros de distância do seu ninho, sendo capaz de se dispersar rapidamente e invadir outras colmeias.

Providências e cuidados

Tão logo ficou comprovada a chegada do PBC a Goiás, a Agrodefesa vem atuando com o objetivo de mitigar os prejuízos aos apicultores, por meio do Programa Estadual de Sanidade Apícola (Pesap). Nesse sentido, mantém a vigilância ativa de forma permanente na região, principalmente nas propriedades circunvizinhas até um raio de 13 km do foco do PBC. Além disso, desenvolve ações para identificação e cadastramento de novos apiários do município, a fim de intensificar a educação sanitária e estimular os produtores para a notificação imediata, ao Serviço Veterinário Oficial, de qualquer suspeita de doença ou praga nas colmeias, principalmente do PBC, para que sejam adotadas as medidas zoossanitárias.

Ainda com foco no controle do PBC e outras pragas e doenças, a Agrodefesa orienta os apicultores de todo o Estado para que efetuem o cadastro de suas criações nas Unidades Locais da Agência. Também alerta para as recomendações e medidas preventivas que ajudam a evitar a proliferação e a disseminação do PBC e outros problemas sanitários. As principais recomendações são:

. Instalação dos apiários em locais com solo seco e rígido, dificultando a multiplicação dos besouros e impedindo a pupação (transformação em casulo) das larvas;

. Manutenção dos enxames fortes e inspecionados com frequência, adotando boas práticas de manejo apícola (raspagem do acúmulo de cera e própolis, substituição de favos velhos e quarentena de novas colmeias e enxames capturados);

. Seleção de colmeias higiênicas (abelhas com maior aptidão para limpeza);

. Evitar o trânsito de colmeias ou suas partes, povoadas ou não, de uma área de ocorrência do PBC para outra sem registro do besouro;

. Evitar introduzir colônias capturadas na natureza imediatamente em apiários de produção;

. Não adquirir colmeias de origem desconhecida e sem documentação zoossanitária;

. Realizar adequada higienização de vestimentos apícolas utilizados em diferentes apiários, com limpeza, lavagem e desinfecção, inclusive de utensílios comuns como formões e fumegadores, dentre outros.

Mais informações: (62) 3201-3546

Assessoria de Comunicação da Agrodefesa

Banner Mobile

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo