Rede estadual prepara implementação das aulas não presenciais
As escolas da rede pública estadual de ensino de Goiás já estão se preparando para implementar, nos próximos dias, as aulas não presenciais. Muitas delas vão aproveitar projetos e experiências em que envolveram seus alunos em estudos com o uso da Internet e de tecnologias em computadores e ou telefones celulares.
Experiências e práticas exitosas nascidas nas próprias escolas poderão contribuir para dar forma ao regime especial de aulas não presenciais, aprovado na terça-feira, dia 17, pelo Conselho Estadual da Educação de Goiás (CEE) e que deverá instituir nas escolas estaduais um sistema que possibilite o aproveitamento do ano letivo mesmo diante da necessidade das medidas para o combate à pandemia do coronavírus, como foi a decisão de suspensão das aulas nas escolas públicas e particulares do Estado.
Sobre esse sistema especial a ser implantado nas escolas estaduais, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc), por meio de suas superintendências, conversou com os coordenadores regionais e gestores das escolas em web-conferência nesta quarta-feira, dia 18. A Seduc encaminhará informações sobre como organizar o plano de atendimento além de orientar as escolas na produção de material e no planejamento das atividades a serem realizadas pelos alunos. A secretária de Estado da Educação, Fátima Gavioli, e o presidente do CEE, Flávio Roberto de Castro, participaram da web-conferência.
Questão social
A secretária da Educação, Fátima Gavioli, disse que toda a Secretaria está trabalhando muito no enfrentamento de situações novas, desafios novos a cada dia. E lembrou aos coordenadores regionais e aos diretores a necessidade de, cada vez mais, todos se familiarizarem com ferramentas e o uso de tecnologias em favor das pessoas e no desenvolvimento do trabalho.
Gavioli também falou sobre as dificuldades enfrentadas pelos alunos e seus familiares durante o período de suspensão das aulas e de afastamento social. ‘Quando nós trabalhamos com a proposta de aulas online, atividades a serem feitas em casa, o uso do celular, do computador, para as atividades que seriam feitas nas escolas, estamos propondo e pensando no aproveitamento do ano letivo, mas também numa questão social importante”,afirmou.
O presidente do CEE, Flávio de Castro, falou que a partir da determinação dos órgãos de saúde do Governo de que não houvesse a presença de professores e estudantes em sala de aula, o Conselho se movimentou através de suas atribuições, possibilitando a aprovação do regime especial de aulas não presenciais.
Para ele, esse regime especial em que o professor trabalha de casa e passa aos seus alunos, cada um em sua casa, informações e conteúdos por meio de tantos canais que permitem a comunicação à distância, foi, na área da Educação, a melhor opção. Flávio também falou das dificuldades de todos, principalmente neste início, mas ressaltou a disposição do CEE de contribuir, orientar e apoiar as escolas da melhor forma possível.
Mobilização
Para a equipe de superintendentes da Seduc, as escolas estaduais, com o acompanhamento das coordenações regionais de Educação (CREs), deverão usar instrumentos, ferramentas, condições, técnicas, didáticas e metologias e construir propostas diante de sua realidade e de suas possibilidades. Assim, projetos que já tenham sido desenvolvidos, experiências já trabalhadas nas escolas vão contribuir muito na implementação das aulas não presenciais.
De acordo com orientações a serem emitidas pela Seduc e repassadas às coordenações e escolas, o plano de ação, previsto na Resolução do CEE, deverá contemplar um cronograma das atividades bastante alinhado ao plano, os componentes curriculares, os conteúdos e as metodologias de trabalho, separadamente por etapa, ano e série de cada turma.
Também lembraram que assim como os professores planejam no seu dia a dia na escola, neste momento, deverão planejar para essas turmas. Afirmaram que o importante é que as propostas da escola, com listas de exercícios, conteúdos interdisciplinares e, até mesmo, conteúdos do protocolo do coronavírus cheguem aos estudantes, em casa, e que eles consigam realizar as atividades e desenvolver seu estudo.
As superintendentes também ressaltaram a importância de que tudo seja registrado, até porque, as avaliações só serão feitas após o retorno das aulas. E, conversaram sobre a necessidade de que as aulas não presenciais alcancem o maior número possível dos alunos, lembrando o envolvimento das CREs em todo o processo, desde o acompanhamento da elaboração e execução do plano de ações até a mobilização das escolas, dos professores, da comunidade, para o sucesso da implementação do regime especial na rede estadual.
Participaram da web-conferência, as superintendentes de Educação Infantil e Ensino Fundamental, Giselle Faria; de Organização e Atendimento Educacional, Patrícia Moraes Coutinho; de Ensino Médio, Osvany Gundim; de Educação Integral, Márcia Rocha Antunes; e técnicos das áreas de Ensino Especial e de Formação de professores.
Mais informações: (62) 3201-3004