As polícias civis dos estados de Goiás e do Piauí deflagraram nas cidades paulistas de São Paulo, São Caetano do Sul e Cotia a Operação Sanitatem, visando o cumprimento de cinco mandados de prisão temporária e dez mandados de busca e apreensão. A operação investiga empresários, colaboradores e empresas do ramo de medicamentos, suspeitos de envolvimento com  falsificação e distribuição de medicamentos falsos para tratamento oncológico por boa parte do País, como no caso de Goiás, Piauí, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, dentre outros.

Os trabalhos da polícia judiciária de Goiás voltaram-se ao tema a partir das investigações empreendidas no bojo da Operação Metástase via do qual terminou-se chegando a vítimas de medicações falsificadas cujos apontamentos indicam o fornecimento por parte de um prestador de serviços do Instituto de Previdência do Servidor Público do Estado de Goiás (Ipasgo).

Neste contexto descobriu-se, ainda, que outras investigações acerca de fatos de mesma natureza estariam em curso em outras unidades da federação, apontando como ponto comum os investigados na presente operação, estando, dentre eles, o Estado do Piaui, com um trabalho já bastante solidificado neste sentido.

A investigação, no Piauí, foi iniciada após denúncia de um hospital que percebeu ter adquirido medicamento falsificado para tratamento de câncer, quando, após usar a droga, o paciente disse ter verificado que ela apresentava características e coloração diferentes da usual.

Suspenso imediatamente o uso da medicação pelo hospital e comunicado o fato à Policia Civil do Piauí, foram empreendidas diligências que terminaram por mostrar, no decorrer da investigação, que essa mesma empresa, sediada em São Paulo-SP, já havia também comercializado a referida medicação oncológica falsificada para hospitais e clínicas em Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso do Sul e outros.

Ao todo, participam da operação 11 policiais civis do Piauí, 25 policiais de Goiás e 40 policiais de São Paulo. Destaca-se que em Goiás a Policia Civil investiga cinco mortes de pacientes que usaram essa medicação, tendo inclusive uma já sido confirmada e profissionais indiciados. Ainda, a utilização dos medicamentos como forma de apropriação indevida dos recursos do Instituto de Previdência dos Servidores.

A Operação Sanitatem foi assim batizada por o termo em latim corresponder à cura, limpeza, bem estar, purificação. A ação foi empreendida pelas equipes: Delegacia de Combate à Corrupção (DECCOR/PI), GECCOR – Grupo Especial de Combate à Corrupção/GO, e Delegacia de Estadual de Homicídios / GO, estas com o apoio e coordenação da Secretaria da Segurança Pública de Goiás, através da Superintendência de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado.

Comunicação Setorial da SSPGO

Mais informações: (62) 3201-1027