Presidente da Goiasprev, Gilvan Cândido, analisa o déficit da Previdência em Goiás

"A questão previdenciária, por ser um tema complexo, deve ser discutida como um todo". A declaração é do presidente da Goiasprev, Gilvan Cândido da Silva, durante entrevista concedida ao radiojornal O Mundo em sua Casa, das rádios Brasil Central AM e RBC FM, na manhã desta terça-feira, dia 5. Segundo ele, o déficit da Previdência do Governo de Goiás é crescente. Por isso, são necessárias medidas urgentes para mudar esse rumo, já que o rombo é coberto com recursos do Tesouro Estadual, ou seja, com dinheiro dos impostos pagos pelos cidadãos.

O Mundo em sua Casa foi apresentado por Gil Bomfim e Augusto César, com a participação do jornalista Ulisses Aesse. Durante a entrevista, Gilvan Cândido disse que, em 2010, além das contribuições dos servidores, o Governo Estadual teve de destinar R$1,2 bilhão para a Previdência. A estimativa para dezembro deste ano é que o déficit chegue a 2,9 bilhões. “São recursos que deixam de ser aplicados em outros serviços e ações do Governo”, destacou.

Precocidade

O presidente da Goiasprev afirmou que os servidores públicos estaduais se aposentam “precocemente”, com média de idade de 53 anos. Levando em consideração que a estimativa de vida da população está aumentando, esse fato é um complicador para as contas previdenciárias, argumentou. Lembrou ainda que, enquanto o valor médio da aposentadoria dos servidores públicos estaduais é de R$ 6 mil, no setor privado fica em R$ 1,5 mil.

Ele salientou que a proposta de emenda constitucional (PEC) que trata da Reforma da Previdência, encaminhada pelo governador Ronaldo Caiado à Assembleia Legilslativa na semana passada, segue as mesmas regras do governo federal aprovadas no Congresso Nacional. "Nosso objetivo é aderir às regras aprovadas em Brasília", destacou. Gilvan pediu o apoio dos servidores públicos e reafirmou que o propósito da aprovação da PEC em Goiás é garantir o pagamento dos benefícios.

Municípios

Sobre a inclusão dos municípios, lembrou que 170 prefeituras goianas têm regime de previdência própria e também precisam de novas regras nesta área. Defendeu que elas sejam uniformes, até para facilitar a fiscalização por parte dos órgãos de controle.

Questionado pelos entrevistadores, respondeu que a previdência dos policiais militares ficou de fora porque vai seguir as regras de projeto de lei que trata da inatividade nas Forças Armadas, que está tramitando no Congresso Nacional. Disse que a aposentadoria dos professores será diferenciada, seguindo a PEC nacional, assim como a dos policiais civis. O tratamento dado a profissionais expostos a agentes nocivos também seguirá as regras nacionais.

Gilvan Cândido, ao responder pergunta de uma ouvinte, disse que quem já tem direito a se aposentar não precisa de “correria” para dar entrada no seu pedido junto à Goiasprev. Isso porque seus direitos às regras atualmente em vigor estão assegurados.

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