No dia 17 de outubro é comemorado o Dia Nacional da Vacinação, data em que se divulga a importância da imunização para a prevenção de doenças. No Brasil, o Calendário Nacional de Vacinação contempla não só as crianças, mas também adolescentes, adultos, idosos, gestantes e povos indígenas. Ao todo, são disponibilizadas 19 vacinas para mais de 20 doenças, cuja proteção tem início ainda nos recém-nascidos, podendo se estender por toda a vida.

A gerente de imunização da Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO), Clarice Carvalho dos Santos, destaca que embora as doenças evitáveis por vacinação tenham se tornado raras em muitos países, os agentes infecciosos que as causam continuam a circular em algumas partes do mundo. “Dessa forma, as duas principais razões para a vacinação são proteger a nós mesmos e também as pessoas que estão à nossa volta”, explica.

Clarice afirma que muitas doenças comuns no Brasil e no mundo deixaram de ser um problema de saúde pública por causa da vacinação massiva da população. “Poliomielite, rubéola, tétano e coqueluche são só alguns exemplos de doenças comuns no passado e que as novas gerações desconhecem”, enumera.

Áreas remotas e vacinas especiais

A SES-GO desenvolve ações de vacinação para alcançar moradores de áreas remotas e pessoas que precisam de vacinas especiais. A Secretaria poia os municípios com envio de esquipe técnica em veículo tracionado para vacinar comunidades quilombolas e vilarejos próximos, em Cavalcante, Monte Alegre e Comunidade Calunga, na região Nordeste. Também na região Serra da Mesa, pertencente ao município de Niquelândia, e nos assentamentos Vida Nova, Baruzeiro, Acaba Vida, na região Oeste; e nos assentamentos Bandeirante e Caracol, próximos a Baliza.

Nessas regiões, parte do trajeto é feito em caminhonete tracionada, a cavalo ou mula ou mesmo em deslocamento dos técnicos a pé. “Esse trabalho é muito relevante para a população, pois intensifica a imunização contra febre amarela e aumenta a cobertura vacinal dessas localidades”, afirma.

A SES-GO também oferece vacinas especiais do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), indicadas para pessoas com quadros clínicos especiais ou indivíduos com suscetibilidade aumentada a doenças ou a riscos de complicações para si ou para os outros. “Todos os usuários que solicitam imunobiológicos do CRIE, passam por uma análise de documentos e por exames que comprovem a indicação na Gerência de Imunização ou na sede do Centro de Referência, no Hospital Materno-Infantil”, explica.

Crianças, adolescentes, adultos e idosos têm acesso a esses imunobiológicos, de acordo com a indicação. “Os usuários residentes nos vários municípios do Estado também recebem as vacinas especiais no seu município de residência, não precisando se deslocar para Goiânia para realização da vacinação”, afirma Clarice.

Fake news

A gerente alerta que falsas informações sobre as vacinas têm levado uma parcela da população a não se imunizar e destaca que é preciso divulgar orientações corretas. “É preciso informar que as vacinas são muito seguras. Podem existir reações, mas a maioria é pequena e temporária, como uma dor local ou uma febre passageira. Eventos graves de saúde são extremamente raros e cuidadosamente monitorados e investigados”, enfatiza.

Clarice explica que é muito mais provável que uma pessoa adoeça gravemente por uma enfermidade evitável pela vacina do que pela própria vacina. “A poliomielite, por exemplo, pode causar paralisia; o sarampo pode causar encefalite e cegueira; e algumas doenças preveníveis por meio da vacinação podem até resultar em morte. Os benefícios da imunização superam em muito o risco, considerando que muitas outras lesões ocorreriam sem ela”, afirma.

A gerente da SES-GO destaca ainda que embora as doenças evitáveis por vacinação tenham se tornado raras em muitos países, os agentes infecciosos que as causam continuam a circular em algumas partes do mundo e facilmente podem chegar ao Brasil, devido à facilidade de deslocamento.

“Enfermidades como sarampo, caxumba e rubéola são graves e podem levar a complicações graves em crianças. Todos esses males e o sofrimento que causam podem ser prevenidos com vacinas. O fato de não vacinar as crianças faz com que elas fiquem desnecessariamente vulneráveis”, diz.

Foto: Divulgação Comunicação Setorial
Comunicação Setorial da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás

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