“Produzir comida é compartilhar subsistência, é dar o essencial à vida”, afirma secretário de Agricultura

Neste dia 16 de outurbro em que é comemorado o Dia Mundial da Alimentação, o Secretário de Agricultura  Pecuária e Abastecimento de Goiás, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, fala sobre a importância, a responsabilidade e os desafios de se produzir alimento para o mundo.

“Comer é um ato social. Compartilhamos comida, ao mesmo tempo em que dividimos uma mesa com debates de ideias, com diálogo. Comer também é um ato político. Aliás, ao longo da história não foram raros momentos em que se travaram guerras por causa do acesso à comida. A alimentação nos torna seres vivos e, a partir do momento em que traz consigo saberes e práticas, muitas vezes milenares, ela nos torna também humanos. Mas, anterior a esse momento, há quem planta e quem cria.

Podemos dizer, então, que o ato de produzir o alimento também é social. Produzir comida é compartilhar subsistência, é dar o essencial à vida. Comemos porque plantamos, por criar e produzir.
Dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) apontam, no entanto, que acima de 800 milhões de pessoas padecem pela fome no mundo. Por outro lado, mais de 670 milhões de adultos e 120 milhões de crianças e adolescentes estão obesos, enquanto 40 milhões de crianças estão com sobrepeso.

Curiosamente, temos cada vez mais recordes no campo na produção de alimentos, especialmente no Brasil, considerado por muitos especialistas como o celeiro do mundo. Então, se a oferta de alimentos é grande, por que temos graves problemas de alimentação? Em 2019, a FAO elegeu a questão das dietas saudáveis para um mundo sem fome como tema do Dia Mundial da Alimentação, celebrado no dia 16 de outubro. E é preciso, diante disso, que todos, do campo e da cidade, reavaliem suas relações com os alimentos.

Dados da FAO também mostram, por exemplo, que há cerca de seis mil espécies de plantas cultivadas para o consumo humano ao longo da história da humanidade, mas apenas oito espécies que fornecem mais de 50% das calorias diárias da população mundial. Do lado do campo, nossa responsabilidade reside em proporcionar que produtores tenham acesso a uma variedade de sementes, de opções de produtos, para que a oferta atenda a todos, especialmente agricultores familiares e cooperativas de produtores.

Nossa responsabilidade está também na produção sustentável, no desenvolvimento de tecnologias que permitam a produção de alimentos seguros e saudáveis. Estamos atentos a essas questões e buscamos melhorar esse tipo de produção, investindo no pequeno agricultor e no acesso e melhoria dessas fontes alimentares. Temos ao nosso lado o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, que zela por políticas que atendam a essas questões, para que a produção seja social e ambientalmente segura, ao mesmo tempo em que o prato do cidadão seja mais diverso e saudável. É um grande desafio, que carece de uma mudança inclusive de hábitos por parte do cidadão. Mas arrisco-me a dizer que propiciar essa alimentação segura, saudável e responsável, além de enobrecedor, é dever de todos nós.”

Comunicação Setorial Seapa

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