Caiado recebe coreanos para instalação de usina fotovoltaica em Goiás
Estudos técnicos para a instalação da usina fotovoltaica em São João D’Aliança, no Nordeste do Estado, foram entregues ao governador Ronaldo Caiado nesta quinta-feira, dia 28. Há pouco mais de 30 dias, o governador e representantes da empresa sul-coreana KSB e do conglomerado de investimentos Enspire Group assinaram o protocolo de intenções para instalação da usina, que será uma das maiores do mundo.
Nesse novo encontro com os empresários coreanos, Caiado avaliou sob o ponto de vista técnico o projeto, que agora entra na etapa de licenciamento jurídico e estudos ambientais. “A tecnologia coreana será um marco no desenvolvimento do Estado de Goiás”, ressaltou o governador.
O projeto entra agora na fase de apresentação dos documentos solicitados pelo Banco Central e pelo governo federal. Na sequência, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente irá realizar o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), fundamentais para um projeto dessa extensão.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Adriano da Rocha Lima, detalhou as próximas etapas. “Uma delas é todo o processo de licenciamento ambiental que, por mais que tenhamos celeridade e disposição para adiantar, tem um rito mínimo a ser seguido. Precisa passar pela estação chuvosa e de seca, para que tudo seja feito conforme a legislação ambiental. Há também toda uma exigência jurídica para que investimentos de fora entrem no Brasil e para a empresa, que vai fazer todas as instalações da fábrica, se estabeleça no país”, ponderou.
O secretário estima que sejam necessários mais seis meses para finalizar a fase jurídica. “É o prazo para o recurso chegar ao Brasil, a empresa estar aberta e todos os trâmites concluídos. A parte ambiental leva um pouco mais tempo. Acreditamos que, até o final deste ano, todo o processo ambiental esteja concluído, para que no início do ano que vem comece efetivamente a instalação da usina e da fábrica”, estimou.
Caiado também recebeu um estudo técnico que determina o local escolhido para a instalação da usina e da fábrica. “Há todo um trabalho feito de planimetria, mostrando que o relevo é ideal e a luminosidade é perfeita, e a avaliação da proximidade com as redes de alta tensão, com as quais o Estado nutre o país todo”, avaliou o governador. “Além de mostrar toda a beleza da região, isso permitirá aos turistas apreciar o que eles vão mostrar em termos de tecnologia e de melhoria das condições de desenvolvimento da região”, observou.
Complexo Turístico
O projeto prevê ainda a construção de um parque temático. A ideia é construir um complexo turístico de referência nacional, que abrigue atividades de lazer e tenha condições de receber turistas de todo o país. A própria usina já se transformará em uma atração aos visitantes do Nordeste goiano. Com investimentos previstos de US$ 2 bilhões (aproximadamente R$ 8 bilhões), a usina deverá produzir 600 MW de energia e ser uma das maiores do gênero no mundo. Inicialmente a instalação da indústria deve gerar mais de 1 mil empregos diretos, levando desenvolvimento e oportunidades ao Nordeste goiano.
Adriano da Rocha estima que serão gerados uma quantidade significativa também de empregos indiretos, que devem transformar a região. “Há toda uma cadeia produtiva envolvida, com os mais diversos fornecedores, que vão gerar empregos também. A instalação não é só da usina, mas da fábrica das placas fotovoltaicas, parques temáticos e de outras empresas de tecnologias que vão compor este parque tecnológico”, afirmou.